A superlotação atinge hospitais e pronto-atendimentos da capital gaúcha. Na emergência adulto do Unidade de Pronto-atendimento (UPA) Cruzeiro do Sul, na zona Sul, a lotação chega a 300%. Conforme o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), a alta demanda por atendimentos em saúde na capital, notada também nessa terça-feira, é reflexo dos problemas na rede de saúde da Região Mtropolitana.
São registradas superlotações na emergências adulto dos hospitais de Clínicas (251%); Santa Casa (207%); São Lucas (210%) e Hospital da Restinga (150%); nas UPAs Bom Jesus (285%); Cruzeiro do Sul (300%); Lomba do Pinheiro (175%) e Moacyr Scliar (270%). As emergências pediátricas do Hospital de Clínicas (266) e da Restinga (125%) também enfrentam demandas acima da capacidade.
Uma reunião com o Governo do Estado estava marcada para esta quinta-feira, porém foi reagendada para a próxima segunda-feira. A prefeitura de Porto Alegre vai oficiar o Estado nesta quarta para debater os problemas enfrentados na saúde.
Raio X da Saúde na Região Metropolitana:
Guaíba: não existem leitos de internação pediátrica
Gravataí: sem UTI Pediátrica e Neonatal
Viamão: maternidade do hospital foi fechada em 2022
Canoas: problemas históricos de gestão refletem em carências de médicos especialistas para atendimento de trauma no Hospital de Pronto Socorro (HPS), de condições de trabalho no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) e Universitário (HU);
Alvorada: a crise no Instituto de Cardiologia agravou os problemas enfrentados, como a falta de repasse aos médicos prestadores de serviços e escalas de plantão sem médicos. Na segunda-feira, durante a troca de gestão no hospital da cidade, revelou a inexistência de planejamento na transição, equipes incompletas e falta de transparência sobre o processo por parte do governo do estado. Na UTI Neonatal, recém-nascidos eram apenas observados por técnicos de enfermagem.
Cachoeirinha: funcionários estão protestando em razão da insegurança na troca de gestão. No momento, são atendidos somente casos considerados graves.