As vendas de celulares contrabandeados cresceram 77% em 2023, passando de 3,5 milhões de unidades em 2022 para 6,2 milhões no ano passado no mercado brasileiro. Os dados são da Associação da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) para quem os aparelhos irregulares representaram 8% das vendas totais do mercado no fim de 2022, saltando para 25% no fim de 2023, o que foi considerado preocupante. A perda com a arrecadação de impostos federais é estimada em R$ 4 bilhões.
A associação projeta que 90% da venda de smartphones contrabandeados ocorra via marketplaces, que custam 38% menos que um aparelho regularizado. Estes produtos têm origem o Paraguai, de onde foram importados 16,7 milhões de aparelhos para uma população de apenas 6,7 milhões. Os smartphones da Xiaomi foram apontados pela associação como os mais contrabandeados, além de marcas como Oppo e Realme.
O principal problema, segundo a Abinee, é que estes aparelhos não possuem certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), podendo não funcionar corretamente nas frequências brasileiras para os sinais 4G e 5G, e não têm garantia dos fabricantes nem assistência técnica oficial, assim como não cumprirem com os requisitos elétricos de segurança.