O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE subiu 1,6 ponto em março, para 95,8 pontos, revertendo a queda observada no mês passado, e é o maior nível desde outubro de 2022 (97,6 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,7 ponto. O indicador foi divulgado nesta quarta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
O primeiro trimestre se encerra com melhora na confiança do setor de serviços. Apesar disso, os resultados mantêm a percepção de perda de fôlego do setor sobre a situação atual observada nos últimos meses. Os desempenhos positivos em relação ao futuro demonstram otimismo, na maior parte dos segmentos, em relação a demanda e ao ambiente de negócios para os próximos trimestres.
“O empresário enfrenta um ambiente macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros, controle de inflação e bons resultados no mercado de trabalho, fatores que podem estar influenciando as perspectivas futuras para o setor de serviços”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Em março, a alta do ICS foi influenciada exclusivamente pela melhora das expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 3,9 pontos, para 96,0 pontos, maior nível desde outubro de 2022. Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA-S) ficou recuou 0,5 ponto, para 95,9 pontos.
Os dois componentes do ISA-S caíram: o indicador de situação atual dos negócios recuou 0,6 ponto, para 95,7 pontos, e o indicador de volume da demanda atual cedeu 0,5 ponto, para 96,0 pontos. Em relação aos componentes do IE-S, o indicador de demanda prevista nos próximos três meses avançou 3,7 pontos, para 94,9 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses subiu 3,9 pontos, para 97,0 pontos.
PIORA
Com o fim do primeiro trimestre, a melhora da confiança de serviços nessa ótica teve participação fundamental da melhora das expectativas, revertendo queda no trimestre anterior. Em sentido oposto, a média trimestral do ISA-S ficou abaixo do último trimestre. “Apesar dos sinais de piora na situação atual, a confiança do setor de serviços apresenta melhora no primeiro trimestre, refletindo a melhora das expectativas disseminada entre os segmentos.” completou Pacini.