Caixa terá 90 dias para aprovar operação do FGTS Futuro

Medida aprovada pelo Conselho Curador do FGTS vai beneficiar compra da casa própria para a baixa renda

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Conselho Curador do FGTS aprovou o uso do FGTS Futuro para a compra da casa própria por famílias de baixa renda. O FGTS Futuro é uma modalidade que permite o uso de contribuições futuras do empregador ao fundo para comprovar renda maior e comprar imóveis ou reduzir o valor da prestação. Entretanto, o processo só entrará em vigor quando a Caixa Econômica Federal, que operada o fundo, aprovar as normas operacionais, o que poderá demorar mais de 90 dias.

As regras aprovadas deverão beneficiar as famílias com renda mensal de até R$ 2.640 e que compõem a faixa 1 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. A Caixa deverá definir como vai transferir os depósitos de 8% do salário ao agente financiador do programa, assim que a contribuição do patrão ao fundo cair na conta do trabalhador. Caso a operação seja bem sucedida, o governo federal poderá ampliar aos demais beneficiários do programa, que atende a famílias com renda de até R$ 8 mil mensais.

OPERAÇÃO

Mensalmente, os empregadores depositam 8% do salário do trabalhador com carteira assinada como parte do FGTS e, pelo modelo aprovado, o trabalhador usaria esse adicional de 8% para comprovar a renda. Com o Fundo de Garantia considerado dentro da renda mensal, o mutuário poderá financiar um imóvel mais caro ou comprar o imóvel inicialmente planejado e reduzir o valor da prestação.

Entretanto, se o trabalhador perder o emprego, a Caixa suspenderá as prestações por até seis meses, com o valor não pago sendo incorporado ao saldo devedor. Essa ajuda já é aplicada aos financiamentos habitacionais concedidos com recursos do FGTS. Desta forma, o trabalhador deverá estar ciente de que, caso perca o emprego, terá de arcar com o valor integral da prestação, considerando o valor que pagava antes mais os 8% do salário anterior depositados pelo antigo empregador. Se não conseguir pagar as prestações por mais de seis meses, o mutuário perderá o imóvel.