Percentual de famílias com dívidas na capital em fevereiro fica estável, aponta indicador

Na comparação com mesmo período do ano passado (91,6%) houve redução

Foto: Marcos Santos / USP Imagens / CP

Em fevereiro de 2024, o percentual de famílias endividadas foi 89,1% no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 26, e fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS) divulgada pela Fecomercio-RS. Os dados foram coletados nos últimos 10 dias de janeiro e o município de Porto Alegre representa o Estado na pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), .

O percentual ficou praticamente estável em relação ao mês anterior (janeiro de 2024 – 89,0%) e registrou diminuição quando comparado a fevereiro de 2023 (91,6%). Na média em 12 meses, o indicador foi de 92,7% – em fevereiro de 2023 era de 93,5%. Quanto ao nível do endividamento, em fevereiro de 2024, do total de famílias, 27,3% afirmaram estar muito endividadas, percentual que estava em 22,6% no mesmo mês do ano passado. Já a parcela da renda comprometida com dívidas passou de 27,3% em fevereiro de 2023 para 26,1% em fevereiro de 2024, em média.

“O que podemos ver é que as pessoas estão mais críticas com relação à sua condição de endividamento. Temos um percentual de renda comprometido com o pagamento de dívidas menores, mas as pessoas se acham mais endividadas. Isso acaba fazendo com que as pessoas se comportem melhor na tomada de novo crédito”, afirmou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.

QUITAÇÃO DE DÍVIDAS

Outro indicador que apresentou melhora foi o de tempo de comprometimento com o pagamento de dívidas. Em fevereiro de 2023, esse número era de 7,4 meses, enquanto em fevereiro de 2024 foi para 6,1 meses. Dentre os principais tipos de dívidas, destacam-se o cartão de crédito (75,5%), os carnês (27,1%), o financiamento de carro (12,5%) e de casa (11,9%).

O percentual de famílias com contas em atraso registrou 37,7% e foi menor que o do mês anterior (39,1%), e também menor do que em fevereiro de 2023, quando registrou 39,5%. O tempo de pagamento com atraso dentre os que têm dívida passou de 36,0 dias em fevereiro de 2023 para 33,9 dias em fevereiro de 2024. Já o percentual de famílias que não terão condições de quitar nenhuma parte de suas dívidas nos próximos 30 dias foi de 2,1%.

Esse resultado foi menor que o do mês de janeiro de 2024 (2,4%) e teve leve aumento em comparação com fevereiro de 2023 (2,0%). A manutenção desse indicador em patamares baixos têm sido importante para reduzir os riscos relacionados à inadimplência.