O empresário Paulo Silva foi um dos destaques entre os palestrantes do primeiro dia do South Summit Brazil 2024, evento de inovação que ocorre em Porto Alegre (RS) até sexta-feira, 22. Na Arena Stage, o CEO da Franq contou como a fintech foi disruptiva ao criar um ambiente de colaboração entre instituições financeiras como bancos, seguradoras e até mesmo outras fintechs.
A Franq foi criada em 2018 em Florianópolis (SC) e teve o seu modelo de negócio testado no Rio Grande do Sul, com os primeiros bancários autônomos do país sendo gaúchos. A ideia era criar uma plataforma para bancários autônomos, que poderiam oferecer serviços financeiros de instituições diversas. Um exemplo: com apenas um atendimento, um cliente pode comparar as condições oferecidas por vários bancos para um financiamento imobiliário, seguro residencial, consórcio, etc.
A ideia deu certo e hoje a Franq trabalha com mais de 50 instituições parceiras, entre elas os maiores bancos do país. Silva contou em sua palestra que a ideia foi considerada inviável por muitos.
“Tínhamos essa ideia de que seria possível criar um processo de distribuição ideal e montar um novo mercado, totalmente colaborativo, em que bancos, seguradoras e fintechs trabalhariam juntas. Todo mundo nos dizia que essa colaboração entre atores era impossível. Claro que colaborar com competidores para criar esse novo processo não é fácil, mas, quando você supera essa barreira, o potencial disso é absurdo. Hoje nós temos a fintech mais colaborativa do Brasil”, afirma.
Silva dividiu o palco com César Saut, presidente da Icatu Seguros, que está entre as instituições parceiras da Franq. Ele destacou que a seguradora movimentou cerca de R$ 12,5 bilhões em 2023, sendo metade desse valor no Rio Grande do Sul. Em relação à Franq, ele contou que o negócio “é diferente” e chegou a afirmar que essa movimentação de mercado pode ser comparada à revolução que empresas como Waze fizeram para a mobilidade e o Booking para a hospitalidade.
“O Paulo criou um negócio diferente. Ela foi para o mercado construindo um caminho. Quando eu olhei, pensei: ´como é que podemos caminhar juntos?´ Por isso hoje somos parceiros”, afirma Saut.