Mercado acompanha reuniões do Copom, no Brasil, e do Fed, nos EUA

Expectativa é de queda de 0,5 pontos percentuais, com o indicador caindo dos atuais 11,25% para 10,75% ao ano

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Tem início nesta terça-feira, 19, a segunda reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para definir a taxa básica de juros. A expectativa do mercado é de que, ao final do segundo dia, na quarta-feira, 20, seja anunciada uma redução da taxa SELIC em aproximadamente 0,5 pontos percentuais, levando o indicador dos atuais 11,25% para 10,75% ao ano.

Conforme a analista de mercado Melissa Angelini, com base na última reunião de janeiro não há grandes mudanças nas perspectivas do comitê, mas surgiram alguns detalhes importantes. O Comitê, segundo ela, discutiu formas de amenizar a esperada desaceleração da economia, mencionando vários dados recentes que corroboram essa visão, especialmente no que tange o mercado de trabalho.

“Eles também observaram a necessidade de investigar mais profundamente alguns aspectos da inflação, principalmente a inflação de serviços. Então, a expectativa é de que o reduza a taxa SELIC conforme o projetado e faça ajustes no comunicado sobre os próximos passos”, diz Melissa.

Além das movimentações no Brasil, as atenções também estão voltadas para o que vai acontecer nos Estados Unidos, onde o Federal Reserve (FED) vai definir a política monetária do país para os próximos meses. Após um período de alta volatilidade e boas surpresas nos indicadores de inflação e mercado de trabalho, a expectativa é que a taxa de juros permaneça igual, por volta de 5,4%.

E no que diz respeito às projeções, se espera um ajuste positivo para o crescimento econômico de 2024, muito impulsionado pelo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no ano anterior. Também é aguardada uma ligeira revisão para cima na inflação para o mesmo período. E na coletiva de imprensa que geralmente o presidente do FED faz, o Jerome Powell, a expectativa é de que ele deverá manter um tom cauteloso, enfatizando a necessidade de maior confiança no processo de desinflação.