Daqui a pouco, o Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica, o IBC-Br, uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). A perspectiva do indicador para 2024 é um pouco menor do que foi realizado em 2023. E quando a estimativa é fraciona em trimestres, é necessário uma reavaliação. “E a reavaliação, já baseada numa expectativa de crescimento menor do que o ano passado, é boa. A expectativa é que talvez algumas áreas como serviços e produção industrial nos surpreendam fazendo o índice ser um pouco maior do que nós inicialmente imaginávamos”, comenta Bruno Corano, economista e investidor.
Ele trabalha com uma alta de 1,6% ou eventualmente chegar a 2%. E estas expectativas do mercado são influenciadas por uma série de indicadores econômicos, incluindo dados de emprego, produção industrial, gastos do consumidor, investimento empresarial, entre outros. Além disso, fatores como políticas governamentais, eventos geopolíticos e condições globais também podem desempenhar um papel significativo na formação das expectativas do mercado para o PIB.
O mercado segue ajustando as expectativas para a atividade do ano corrente. Depois de um fraco desempenho em novembro e em dezembro, o setor varejista, por sua vez, começou 2024 com bom ritmo de crescimento, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que contribui para uma revisão positiva das projeções do mercado para o primeiro trimestre de 2024.
Com a decisão do Governo Federal de antecipar para abril e maio as parcelas do 13º salário de aposentados e pensionistas, é provável que ocorra uma expansão da renda disponível às famílias e a melhoria gradual do crédito o que devem sustentar a demanda no curto prazo. Tendência que deve permanecer em 2025. Conforme André Vasconcellos, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) as expectativas de mercado tanto para a taxa básica de juros, quanto para o dólar seguem no mesmo patamar, ainda que a maior aversão global ao risco mantenha a taxa de câmbio pressionada.
“Em relação às projeções para o ano, bancos de investimento e agência de classificação de risco associam a desaceleração esperada em 2024, na comparação com 2023, em parte, à safra agrícola, que apesar de continuar forte, deve ser menor do que no ano passado. Além disso, o aperto da política fiscal, após a expansão registrada em 2023, também deve corroborar para o arrefecimento da atividade econômica”, diz Vasconcellos.