RS terá acesso a mercado de carnes bovina, suína e aves das Filipinas

Com o anúncio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de que as autoridades filipinas reconheceram a equivalência de sistemas de inspeção sanitária, especificamente para as exportações brasileiras de carnes bovina, suína e aves, um novo e potencial mercado se abre para os produtores gaúchos.

Atendendo ao pedido brasileiro feito em 2023, o Departamento de Agricultura e Inspeção das Filipinas outorgou ao Mapa autorização para certificar e habilitar estabelecimentos auditados pela missão de inspeção do país asiático, num modelo conhecido como “system accreditation”. O acordo, que é válido por três anos, inclui a possibilidade de habilitar outras unidades produtivas que atendam aos requisitos estabelecidos.

“Filipinas se constitui no segundo maior destino de exportação de carne suína brasileira, atrás apenas da China. Como eles só compram de áreas livres de febre aftosa sem vacinação, agora o Rio Grande do Sul também terá acesso a esse mercado, que pratica uma remuneração diferenciada”, destaca o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber.

Em 2023, o Brasil exportou aproximadamente US$ 700 milhões em carnes para as Filipinas, o equivalente a 394 mil toneladas.

Excelência do sistema de defesa sanitária animal

Em dezembro do ano passado, o Rio Grande do Sul fez parte do roteiro da missão das Filipinas que veio avaliar o sistema de defesa sanitária brasileiro. Os técnicos estrangeiros estiveram na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e no posto de controle de divisa do Mapa em Uruguaiana, além de vistoriar uma granja de aves, na Serra, e uma criação de suínos no Noroeste do estado.

Na apresentação do Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul, foram abordadas as garantias de mitigação de riscos e também de vigilância e controle da saúde animal. “Tivemos um excelente feedback da missão, eles elogiaram muito o trabalho do Rio Grande do Sul e perguntaram se os outros estados brasileiros tinham os mesmos controles que utilizamos aqui. Isso, para nós, é extremamente gratificante, vindo de um auditor externo”, conta a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares.