Na noite deste domingo, 10 de março, ocorreu a 96ª edição do Oscar, em Los Angeles. Conduzida por Jimmy Kimmel, a cerimônia seguiu o estilo da edição de 2023: formato mais rápido, dinâmico e duração reduzida – pouco mais de 3 horas. O prêmio mais esperado da noite foi previsível: “Oppenheimer” levou a cobiçada estatueta de Melhor Filme junto com outras seis: Melhor Direção para Christopher Nolan, Melhor Ator para Cillian Murphy, Melhor Ator Coadjuvante para Robert Downey Jr., Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Fotografia. “Acho que todos nós, que fazemos cinema, sonhamos com esse momento. Eu estou sonhando com esse momento faz muito tempo, mas achei que não ia acontecer”, afirmou Emma Thomas, produtora do filme. O segundo filme mais premiado foi “Pobres Criaturas”, que conquistou quatro das 11 categorias indicadas: Melhor Cabelo e Maquiagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Atriz.
Já em sua fala de abertura da cerimônia, Kimmel tocou em um assunto controverso, a não indicação de Margot Robbie para a estatueta de melhor atriz – levada por Emma Stone. Após a fala de abertura do apresentador, o primeiro prêmio da noite, Melhor Atriz Coadjuvante, foi entregue a Da’Vine Joy Randolph por seu papel em “Os Rejeitados”. A apresentação das quatro categorias que premiam atores – Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Ator Coadjuvante – foram marcadas por discursos emocionantes de vencedores de outras edições sobre os indicados do ano. Na ala masculina, o campeão da noite garantiu mais duas estatuetas: Robert Downey Jr. e Cillian Murphy foram os vencedores de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Ator, respectivamente, ambos por “Oppenheimer”.
O destaque também se deu pelos discursos políticos referentes aos filmes vencedores. “Queria nunca ter feito esse filme”, disse Mstyslav Chernov, que levou a estatueta para “20 Dias em Mariupol”, primeiro Oscar da história para a Ucrânia. Em discurso emotivo, o diretor e jornalista mencionou a guerra da Ucrânia em seu discurso e frisou que as pessoas que perderam a vida em Mariupol não sejam esquecidas. “O cinema cria a memória e a memória cria a história”, finalizou. O filme escancara a destruição da guerra no país. “Se as vítimas do 7 de outubro e de Gaza são vítimas de desumanização, temos que nos perguntar: como resistir?”, questionou Jonathan Glazer, diretor de “Zona de Interesse”, que levou a estatueta de da categoria “Melhor Filme Internacional”.
Apresentações musicais e performances deram um show à parte, como a apresentação de Scott George and the Osage Singers em “Wahzhazhe (A Song For My People)”, do filme “Assassinos da Lua das Flores”; Billie Eilish e Finneas O’Connell, seu irmão, apresentando “What Was I Made For?”, que conquistou o prêmio de Melhor Canção Original e Ryan Gosling vestido de rosa apresentando “I’m Just Ken”.
Confira a lista completa dos vencedores:
Melhor Atriz Coadjuvante: Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados
Melhor Animação: O Menino e a Garça
Melhor Curta de Animação: War is Over
Melhor Roteiro Original: Anatomia de Uma Queda
Melhor Roteiro Adaptado: American Fiction
Melhor Cabelo e Maquiagem: Pobres Criaturas
Melhor Direção de Arte: Pobres Criaturas
Melhor Figurino: Holly Waddington, por Pobres Criaturas
Melhor Filme Internacional: Zona de Interesse
Melhor Ator Coadjuvante: Robert Downey Jr., por Oppenheimer
Melhores Efeitos Visuais: Godzilla Minus One
Melhor Montagem: Oppenheimer
Melhor Documentário em Curta Metragem: A Última Loja de Consertos
Melhor Documentário: 20 Dias em Mariupol
Melhor Curta-Metragem: A Incrível História de Henry Sugar
Melhor Fotografia: Oppenheimer
Melhor Curta-Metragem de Animação: War Is Over!
Melhor Som: Zona de Interesse
Melhor Canção Original: What was I made for (Barbie)
Melhor Trilha Sonora: Oppenheimer
Melhor Ator: Cillian Murphy, para Oppenheimer
Melhor Direção: Christopher Nolan, por Oppenheimer
Melhor Atriz: Emma Stone, por Pobres Criaturas
Melhor Filme: Oppenheimer
*Cobertura feita por Leticia Pasuch e Maria Fernanda Freire