Em 2023, o Brasil registrou um crescimento de 21,2% nas exportações para o Mercosul, sendo que para Argentina (13,7%) e Paraguai (20,2%), o destaque foi para as vendas de produtos da indústria de transformação. No caso do Uruguai, o que puxou as exportações em moeda brasileira declarada foi a venda de energia elétrica. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC).
A União Europeia foi o segundo maior destino das exportações em real, com participação de 15,6% do total, sendo também o maior destino das exportações em euro, com participação de 61,5%. Segundo a Secex, no ano passado o dólar manteve sua predominância nas exportações ao somar US$ 325,5 bilhões (95,84% do total) e crescer 1,8% em relação a 2022 no ranking geral.
No caso das exportações em euro, o segmento somou U$ 8,4 bilhões, 0,9% a menos que em 2022, sendo as vendas em real foram de US$ 4,5 bilhões (- 9,3%). Entre as outras moedas, a libra esterlina bateu US$ 452 milhões (+ 17,2%) e o iene, US$ 225 milhões (+ de 8,9%). A Secex destaca que praticamente todo o fluxo comercial declarado em reais é da indústria de transformação: 94% na exportação e 99,4% nas importações.
No geral, as importações brasileiras utilizando o real como moeda declarada cresceram 11% em 2023, na comparação com o ano anterior – chegando a US$ 17,3 bilhões de compras declaradas em moeda brasileira, valor recorde. No ano passado também cresceram as importações em euro – aumento de 9,2% sobre 2022, totalizando US$ 23,3 bilhões. Já as operações tendo o dólar como moeda declarada caíram 15,7%. Ainda assim, a moeda norte-americana responde por 80% das operações de importação nessa base, ou US$ 193,5 milhões.