Redução da diferença salarial entre homens e mulheres levaria mais de meio século, diz pesquisa

Distancia aumentou de 13,2% para 13,5% entre 2021 e 2022

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Para marcar o Dia Internacional das Mulheres de 2024, a PwC lança duas pesquisas, Women in Work Index e Inclusion Matters, concluindo que o progresso para igualdade de gênero no ambiente de trabalho ainda é um desafio global. Em sua 12ª edição, o último Women in Work Index revela que, no ritmo atual, levaria mais de meio século para diminuir o gap salarial entre homens e mulheres em todos os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A pontuação média do Women in Work Index aumentou de 56,3 em 2011 para 68 em 2022. Na última atualização, a pontuação média da OCDE melhorou aproximadamente dois pontos, passando de 66 em 2021 para 68 em 2022.  Entre 2021 e 2022, a maior parte da melhoria em toda a OCDE foi impulsionada por um aumento na taxa de participação feminina na força de trabalho (de 70,8% para 72,1%), além de uma queda na taxa de desemprego feminino (de 6,4% para 5,3%).

AMBIENTE DE TRABALHO

No entanto, o gap salarial médio entre homens e mulheres na OCDE aumentou de 13,2% para 13,5% durante esse período. Isso mostra que, apesar de uma maior participação, as mulheres permanecem em uma posição consideravelmente menos estável em termos de retorno ao mercado de trabalho, em comparação com os homens.

Desde a criação do Women in Work Index em 2011, o gap salarial entre homens e mulheres tem sido o indicador que mais demora a apresentar melhora, diminuindo apenas três pontos percentuais entre 2011 e 2022 em toda a OCDE.

Em relação às percepções das mulheres no ambiente de trabalho, a pesquisa Inclusion Matters da PwC confirma que o gap salarial é um problema: apenas 39% das mulheres sentem que são financeiramente recompensadas de forma justa pelo seu trabalho. Para as mulheres, a intenção de deixar sua empresa aumentou (+8 pontos) este ano. Uma em cada quatro mulheres planeja mudar de emprego nos próximos 12 meses, um pouco abaixo dos homens (27%).

A pesquisa também conclui que a inclusão está positivamente relacionada com o desenvolvimento autônomo e mulheres que se sentem mais incluídas têm 1,7 vez mais probabilidade de procurar ativamente oportunidades para aprender e desenvolver novas competências.