Brasileiro gasta menos com o consumo de gasolina, aponta Fipe

Entre o quarto e o terceiro trimestre de 2023, o indicador recuou 0,2 ponto porcentual

Foto: Alina Souza / CP

O comprometimento da renda do brasileiro no último trimestre com o abastecimento do carro com gasolina no último trimestre do ano passado foi menor em relação a igual período anterior. A avaliação consta de um levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados do Monitor de Preços dos Combustíveis e da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado pela Veloe nesta terça-feira, 5.

Entre o quarto e o terceiro trimestre de 2023, o indicador recuou 0,2 ponto porcentual, caracterizando um aumento no poder de compra das famílias, que usaram 6,4% da renda para abastecer um tanque de 55 litros com gasolina. Nas capitais, o indicador foi 4,1%, e recuou também marginalmente no último trimestre em 0,1 ponto percentual. Já na comparação com o quarto trimestre de 2022, o índice registrou alta de 0,5 ponto porcentual. No quarto trimestre de 2021, o brasileiro gastava 8,7% da renda para encher o tanque.

 

REGIÕES BRASILEIRAS

Entre as regiões brasileiras, o Sul teve um crescimento de 5,5% a terceira região mais alta. Segundo o estudo, todas as regiões exibiram aumento do poder de compra no último trimestre do ano, com destaque para Nordeste e Sul (ambas com redução de 0,3 ponto porcentual nos respectivos indicadores de comprometimento da renda).

Em fevereiro deste ano, o Monitor de Preços de Combustíveis revelou um aumento mensal significativo nos preços de cinco dos seis combustíveis analisados: etanol hidratado (+3,9%), gasolina comum (+3,0%) e gasolina aditivada (+2,9%). Esses resultados foram acompanhados também pelo aumento nos preços médios do diesel (0,7%, no caso do diesel comum e 0,6%, no diesel S-10), enquanto o preço médio do GNV apresentou uma leve queda (-0,7%).

O aumento dos preços dos combustíveis ainda reflete o reajuste de 12,5% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel, a gasolina e o gás de cozinha. Esse aumento entrou em vigor em 1º de fevereiro, depois de um longo processo de isenções e desonerações de impostos sobre combustíveis.