Intenção de consumo das famílias gaúchas varia 0,2%, aponta Fecomércio-RS

Conforme indicador patamar baixo segue revelando muita cautela na hora de consumir

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Foto: Tânia Rêgo / Arquivo / Agência Brasil

A Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS), da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), atingiu os 62,9 pontos em fevereiro e registrou variação de 0,2%. Este resultado, influenciado por movimentos opostos entre seus componentes, marcou a terceira variação positiva consecutiva. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 1º, pela Fecomércio-RS e, dos sete subindicadores abordados no ICF, quatro tiveram quedas, que foram compensadas pelas altas de três subindicadores.

 

O item Renda Atual teve a segunda elevação na margem (+4,7% ante janeiro de 2024), chegando aos 84,3 pontos, Perspectiva de Consumo aumentou em 3,7% (quarta alta consecutiva), atingindo 74,0 pontos, enquanto Consumo Atual teve o primeiro aumento (+6,4%) depois de 9 quedas consecutivas, registrando 55,8 pontos. Nas quedas, além de Perspectiva Profissional (-7,4%; 27,5 pontos) e Acesso a Crédito (-5,4%; 82,6 pontos), que renovaram as quedas, também Momentos para Consumo de Bens Duráveis (-4,1%; 26,8 pontos) e Situação do Emprego (1,2%; 89,4 pontos) registraram queda.

ACESSO AO CRÉDITO

Assim, o resultado de fevereiro derivou de movimentos opostos entre seus indicadores – com maior limitador da melhora do ICF advindo sobretudo da percepção de menor facilidade para acessar crédito e expectativa de perspectiva profissional de trabalhadores em um mercado de trabalho mais acomodado. Quanto aos indicadores que puxariam a confiança, os movimentos são de redução de pessimismo, já que todos os indicadores estão abaixo da linha dos 100,0 pontos (considerada neutra).

Na comparação interanual, todos indicadores registram baixa, com o ICF ficando 24,3% abaixo do registrado em janeiro de 2023. “Após a deterioração do ICF-RS em 2023, o início de 2024 é de melhoras marginais tímidas na confiança das famílias, que seguem muito cautelosas e reforçam a necessidade de estratégia de atendimento e de vendas que atendam esse consumidor sem colocar em risco o fluxo de caixa do negócio.” comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.