Consumo nos Lares Brasileiros cresce 1,21% em janeiro, aponta Abras

A entidade mantém a expectativa de crescimento de 2,50% em 2024

Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

O Consumo nos Lares Brasileiros registrou um aumento de 1,21% em janeiro, comparado ao mesmo período do ano passado. Já em relação com dezembro a variação  foi de 22,01%, fruto da força sazonal do mês das festas de fim de ano. Os dados são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgados em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 29.

A entidade mantém a expectativa de crescimento de 2,50% em 2024, impactado pelos pagamentos de benefícios como o Bolsa Família e o reajuste de 6,97% para o salário mínimo. Além disso, a inflação medida pelo IPCA foi maior para alimentos do que o indicador cheio pelo quarto mês consecutivo. Segundo Marcio Milan, vice-presidente da Abras, o crescimento de janeiro teve contribuição também do aumento da empregabilidade, o que manteve o consumo aquecido.

“O setor também deu continuidade aos planos de crescimento, com inauguração de 34 novas lojas, sendo 21 supermercados e 13 atacarejos”, disse. Conforme a associação, o consumo no período é historicamente comprometido por maiores despesas das famílias no início do ano. Em 2023, o crescimento do consumo nos lares foi de 3,09%, diante de uma projeção da Abras que estimava alta de 2,5%.

CESTA DE PRODUTOS

A Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo monitorados pela entidade, teve alta nos preços de 1,40% em janeiro, frente ao mês imediatamente anterior. Em janeiro, a cesta passou de R$ 722,57 para R$ 732,69 uma alta de +1,40%, na média nacional. Na análise regional, todas as cinco regiões registraram alta.

A maior variação foi registrada na região Norte (+3,09%) puxada por batata (+58,30%) passando de R$ 792,74 para R$ 817,24; seguida por Centro-Oeste (1,95%) que passou de R$ 680,64 para R$ 693,89; Nordeste (+1,37%) passando de R$ 649,80 para R$ 658,71; Sudeste (+1,37%) saindo de R$ 732,67 para R$ 742,63 e Sul (1,24%) passando de R$ 808,92 para R$ 818,93.

Na cesta de itens básicos as principais altas vieram do feijão (+9,70%), do arroz (+6,39%), do óleo de soja (+2,84%), da farinha de mandioca (+2,27%), açúcar refinado (+0,85%), do café torrado e moído (+0,80%), do leite longa vida (+0,71%).

Dos produtos da cesta de hortifruti, que vem sendo impactada por redução na oferta devido a problemas climáticos, as principais altas foram batata (+29,45%) e tomate (+2,96%). Já a queda foi puxada por cebola (-5,57%).

Na cesta de proteína animal os recuos vieram da carne bovina – cortes do dianteiro (-2,02%), do ovo (-1,81%).  O preço do pernil registrou estabilidade no mês. No acumulado de 12 meses o corte suíno registra queda de -2,74%. Dentre os lácteos as principais quedas foram leite em pó integral (-0,48%), margarina cremosa (-0,94%). As altas foram registradas nos queijos muçarela e prato (+0,95%).

Na categoria de higiene e beleza o recuou foi registrado em papel higiênico (-0,97%). As demais variações foram: creme dental (+0,46%), xampu (+0,42%), sabonete (+0,24%). Na cesta de limpeza houve retração em água sanitária (-0,90%) e sabão em pó (-0,59%). As altas foram registradas em detergente líquido para louças (+0,48%) e desinfetante (+0,22%).