O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1,5 ponto, para 94,2 pontos, após a ter subido no mês passado. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,2 ponto. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). A confiança para o setor de serviços piora no mês de fevereiro. O resultado ratifica a percepção de perda de fôlego do setor sobre a situação atual observada desde o segundo semestre de 2023.
“Apesar disso, nota-se certa resiliência na demanda. Em relação ao futuro, o resultado do mês apresenta cautela dos empresários após a forte melhora das expectativas em janeiro passado. É cedo para esperar um ciclo de quedas no setor que enfrenta um ambiente macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros e bons resultados no mercado de trabalho. Ainda assim, não está evidente que a melhora nos fatores econômicos já tenha impactado a confiança dos empresários”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
PERSPECTIVAS
A queda do ICS em fevereiro foi influenciada exclusivamente pela piora das perspectivas dos empresários do setor para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 2,9 pontos, para 92,1 pontos. Enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-S) ficou estável neste mês ao permanecer em 96,4 pontos.
Os dois componentes do ISA-S variaram na mesma proporção, mas em sentidos opostos: o indicador de situação atual dos negócios caiu 1,1 ponto, para 96,3 pontos, e o indicador de volume da demanda atual subiu 1,1 ponto, para 96,5 pontos. Para as expectativas, ambos os componentes do IE-S recuaram: o que mede a demanda prevista nos próximos três meses recuou 4,3 pontos, para 91,2 pontos, e o que mede de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 1,6 ponto, para 93,1 pontos.
A desaceleração no setor de Serviços ficou evidente com os resultados negativos nos últimos meses. Em médias móveis trimestrais, o Índice de Situação Atual (ISA-S) voltou a cair e de forma difusa entre os segmentos. “Apesar da acomodação do indicador no mês, a tendência na ponta é de piora da situação atual. Todos os segmentos, exceto transportes, apresentaram queda no índice.”, completou Pacini.