Leite busca destravar projeto de termoelétrica em Rio Grande

Projeto pode resultar em um investimento de até R$ 6 bilhões

Crédito: ASCOM

O projeto da usina termoelétrica em Rio Grande poderá ter novidades nesta terça-feira, 27. Conforme o diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Hélvio Neves Guerra, o processo deveria ficar como o último da pauta da diretoria da agência hoje, com possibilidade de retirada para estender a avaliação.

O governador Eduardo Leite se reuniu hoje,  em Brasília, com Guerra para destravar o investimento na usina. O projeto pode resultar em um investimento de até R$ 6 bilhões na construção da termoelétrica, que suprirá cerca de um terço da demanda de energia do Estado.

A termoelétrica vai possibilitar a operação de um terminal de gás natural liquefeito no Porto de Rio Grande e ampliar a oferta de energia no sul do Estado, além de atrair investimentos industriais para a região.

O projeto, inicialmente gerido pela empresa Bolognesi, teve outorga revogada pela Aneel em 2017 em razão de dificuldades para avanço do empreendimento, que não chegou a ter obras iniciadas.

“Temos feito todos os esforços e articulações possíveis para que o Estado receba esse aporte. Viemos nessa visita reforçar o apelo por reanálise, porque em outras oportunidades o diálogo com a União já nos auxiliou a desobstruir contratos em outras áreas, como infraestrutura, por exemplo. Temos confiança numa construção para decisão que viabilize esse empreendimento, cujo efeito prático será muito significativo para o desenvolvimento da Região Sul”, afirmou o governador.

A comitiva gaúcha, que também contou com a presença do superintendente da Portos RS, Fernando Estima, e do chefe do Escritório do Governo do Rio Grande do Sul (EBSB), Henrique Pires, buscou viabilizar o melhor encaminhamento para que a iniciativa possa ter seguimento.

Uma das possibilidades é o encaminhamento do processo ao Ministério de Minas e Energia (MME), para avaliar eventual conversão do contrato de geração da usina termelétrica em reservação de energia. Na reunião, o diretor Hélvio informou que o processo deveria ficar como o último da pauta, com possibilidade de retirada para estender a avaliação.