A Associação Nacional de Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB) anunciou uma mudança de postura dos servidores do Banco Central a partir de uma nova proposta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), retirando o indicativo de greve para os dias 27 e 28 deste mês. A proposta será avaliada pela categoria e trata-se de “progresso” em relação ao que foi apresentado no começo do mês, embora algumas propostas ainda não terem sido atendidas.
O Governo Federal elevou a proposta de reajuste salarial para os servidores do Banco Central (BC). Dessa forma, ele aumentará para 23% escalonado em duas partes durante os anos de 2025 e 2026. O aumento, superior à proposta anterior de 13% no biênio.
Já o Banco Central adiou a divulgação de informações econômicas e financeiras da próxima semana. O relatório Focus, tradicionalmente publicado às segundas-feiras, sairá na terça-feira, 27, às 8h30. Já os dados do fluxo cambial, normalmente publicados às quartas-feiras, foram postergados para quinta-feira, 29, às 14h30.
PEDIDOOs servidores pedem um reajuste de 36% e reestruturação da carreira. O grupo ainda pede a exigência de nível superior para o cargo de técnico, a mudança de nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma “retribuição por produtividade institucional”, semelhante à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal.
No ano passado, a categoria chegou a parar por 90 dias por reajuste salarial e reestruturação da carreira, sem qualquer resultado junto ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Neste ano, a regulamentação da lei sobre bônus de produtividade dos auditores fiscais da Receita Federal em junho elevou a insatisfação dos funcionários do BC, que contam com apoio público não apenas do presidente Campos Neto, como dos demais diretores da instituição.