Confiança do consumidor tem o menor patamar em 9 meses em fevereiro

Indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela queda de 1,1 ponto no período

Crédito: Alexandre Barros/Divulgação

A confiança do consumidor brasileiro atingiu, em fevereiro, o menor patamar em 9 meses, e o nível ainda elevado dos juros e do endividamento afetando o otimismo das famílias em relação aos próximos meses. Os dados fazem parte do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado nesta sexta-feira, 23, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), revelando queda de 1,1 ponto em fevereiro, para 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2023 (89,5).

 

O desempenho, o segundo recuo seguido, foi impactado por uma queda de 2,3 pontos no Índice de Expectativas (IE), para 97,9 pontos, com redução dos indicadores de situação financeira futura das famílias e situação futura da economia. Isso compensou alta de 1,0 ponto no Índice de Situação Atual (ISA), a 78,6 pontos.

Entre os componentes de expectativas para os próximos meses, as perspectivas para as finanças familiares futuras deram a maior contribuição para a queda da confiança no mês ao recuar 8,5 pontos, para 93,2 pontos, menor nível desde novembro de 2022. O item que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia caiu 5,4 pontos, para 105,8 pontos. Já o ímpeto de compras de bens de consumo duráveis avançou 7,2 pontos, para 95,0 pontos.

SATISFAÇÃO

Quanto aos componentes que avaliam o momento atual, o item que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou 1,5 ponto, para 89,7 pontos, enquanto a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias cresceu 3,5 pontos, para para 67,9 pontos.

A abertura da pesquisa por faixas de renda mostrou piora da confiança nos quatro grupos pesquisados. O índice passou de 83,6 pontos para 80,5 pontos entre as famílias com renda até R$ 2.100, queda de 3,1 pontos, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800 tiveram redução de 3,3 pontos na confiança, de 90,0 pontos para 86,7 pontos. O indicador encolheu de 93,2 pontos para 92,1 pontos para famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, recuo de 1,1 ponto, e caiu de 98,3 pontos para 96,8 pontos, recuo de 1,5 ponto, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01.