A taxa anual de desocupação do país foi de 7,8% em 2023, o que representa uma queda de 1,8 ponto percentual frente à média do ano anterior. Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação (UFs) registraram queda nesse indicador, com destaque para o Acre (-4,9 ponto percentual), o Maranhão (-3,5 ponto percentual) e o Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 ponto percentual). Por outro lado, o único estado onde a taxa de desocupação cresceu foi Roraima (1,7 ponto percentual). No Rio Grande do Sul a taxa encerrou o período em 5,4%.
No país, a população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas, caindo 1,8 milhão (-17,6%) frente a 2022. A população ocupada do país chegou ao maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, ao atingir 100,7 milhões de pessoas em 2023. Esse número representa um crescimento de 3,8% na comparação com o ano anterior. Em 2023, seis estados responderam por cerca de 60% da ocupação do país: São Paulo (24,3%), Minas Gerais (10,7%), Rio de Janeiro (8,1%), Bahia (6,0%), Paraná (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,8%).
NÍVEL DE OCUPAÇÃO
O nível da ocupação do país (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,6% em 2023, 1,6 ponto percentual a mais que em 2022 (56,0%). As maiores proporções foram registradas em Santa Catarina (65,9%), Goiás (64,7%) e Mato Grosso (64,7%). Já as menores estavam no Acre (45,7%), no Rio Grande do Norte (46,6%) e no Maranhão (46,7%). A estimativa anual da taxa composta de subutilização foi de 18,0%, queda de 2,9 ponto percentual ante 2022, quando a taxa era de 20,9%. No Rio Grande do Sul este percentual chegou a 12%.
Já a taxa anual de informalidade passou de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023, enquanto no Rio Grande do Sul este percentual foi de 31,9%. No ano, a população desocupada do país caiu 17,6% e chegou a 8,5 milhões de pessoas, o que representa 1,8 milhão de pessoas a menos em busca de trabalho. Das 27 UFs, 25 registraram queda no número de desocupados. A população ocupada do país cresceu 3,8% frente ao ano anterior e chegou a 100,7 milhões de pessoas. Isso representa o maior patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O indicador aumentou em 22 UFs.
No país, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentou 5,8%, ao totalizar 37,7 milhões de pessoas, atingindo também o ponto mais alto da série iniciada em 2012. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado também cresceu no período, chegando a 13,4 milhões (5,9%). Já o número de trabalhadores por conta própria totalizou 25,6 milhões em 2023, alta de 0,9% no ano.
O número de trabalhadores domésticos cresceu 6,1% no ano passado, chegando a 6,1 milhões de pessoas. Houve aumento desse contingente em 19 UFs. Em 2023, a taxa composta de subutilização foi estimada em 18,0%, uma queda de 2,9 ponto percentual frente ao ano anterior, quando foi de 20,9%.