A alta dos preços na Argentina desacelerou para 20,6% em janeiro, mas acumula uma alta de 254,2% nos últimos 12 meses, indicador mais alto do mundo e superando países como Venezuela, Turquia e Zimbábue. A inflação é menor do que a de 25,5% registrada em dezembro, segundo dados do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censo). Bens, serviços e transporte puxaram alta dos preços. A inflação anual argentina também é muito maior que a registra em vizinhos sul-americanos, como Uruguai (5,09%), Brasil (4,51%) e Chile (3,8%).
O avanço do mês passado foi sustentado pela alta nos setores de bens e serviços (44,4%), transporte (26,3%) e comunicação (25,1%). A elevação também é sustentada por itens como recreação e cultura (24%), equipamentos e manutenção do lar (22,3%) e bebidas alcoólicas e tabaco (21%) também subiram mais do que a inflação.
Por outro lado, saúde, alimentação e bebidas subiram abaixo da inflação. Em saúde, a alta foi de 20,5%; em alimentação e bebidas não alcoólicas, de 20,4%. Restaurantes e hotéis (19,4%), habitação, água, gás e outros combustíveis (14%), vestuário (11,9%) e educação (0,9%) também registraram alta menor que a do índice geral de preços.