Governo amplia parcerias para acesso ao programa Desenrola

Até o momento foram beneficiados 12 milhões de pessoas com R$ 35 bilhões renegociados

Dívidas foram, em média, de R$ 4.388,21 por pessoa - Foto: Divulgação /R7

O governo Federal anunciou nesta quinta-feira, 15, uma nova facilitação de acesso ao Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas das famílias. Com a decisão, as autoridades buscam alcançar mais devedores a um mês e meio do fim do prazo do programa que tem o objetivo de reduzir o comprometimento de renda dos brasileiros e fortalecer o crédito e a economia.

Até o momento, o Desenrola Brasil beneficiou 12 milhões de pessoas com um volume de R$ 35 bilhões renegociados em débitos. No ano passado, o Ministério da Fazenda projetava que 37 milhões de pessoas poderiam definir acordos que totalizariam R$ 50 bilhões, valor que já havia sido projetado antes da posse do governo eleito em R$ 95 bilhões.

No fim do ano passado, o governo prorrogou o prazo de encerramento do Desenrola de 31 de dezembro para 31 de março, e passou a permitir que usuários com conta bronze no sistema gov.br acessem a plataforma de renegociação de dívidas. Antes, o site demandava certificados prata ou ouro, com níveis mais altos de exigências. De acordo com o técnico, o programa está usando no momento R$ 1 bilhão em recursos do Tesouro Nacional para garantia das operações do Desenrola, bem abaixo do valor de R$ 8 bilhões disponibilizado para o programa.

ACESSO

Dessa forma, o Desenrola permitirá que o acesso à plataforma seja feito diretamente pelos sites e aplicativos de bancos e birôs de crédito, sem a necessidade de login pelo gov.br (site unificado do governo). Conforme o coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira, a primeira fase definiu a liberação de acesso direto pelos sistemas do Serasa, que tem 88 milhões de brasileiros cadastrados e 26 milhões de acessos mensais.

“Esse ajuste na regra, a entrada do Serasa e essa nova perspectiva que temos até o final de março é justamente para lembrar, engajar, comunicar com as pessoas para que elas acessem o programa”, afirmou.

Ferreira argumentou que o patamar baixo do uso das garantias é influenciado pelos descontos concedidos pelos bancos no acerto com os devedores, que ficaram muito acima do esperado, uma redução média de 85% do valor das dívidas.