Até o início da tarde desta sexta-feira, véspera de Carnaval, nenhum governador da região Sul e Sudeste se manifestou acerca da operação da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado, cujo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados se tornaram alvos centrais. Nas redes sociais, os governadores focaram em divulgações das suas agendas e entregas para os estados, sem quaisquer menções aos ocorridos na última quinta-feira, quando Bolsonaro teve de entregar seu passaporte e aliados, como o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, foram presos.
As manifestações não partiram nem daqueles cujo laço com o ex-presidente continuou firma após as eleições de 2022, quando Bolsonaro não foi reeleito. É o caso do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), que foi ministro de Bolsonaro, e do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, colega de partido do ex-presidente. Dos governadores da região Sul, como do Paraná, Ratinho Júnior, e de Santa Catarina, Jorginho Mello, que se posicionaram favoráveis ao ex-presidente em 2022, também não houve quaisquer pronunciamentos. De Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, tampouco.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, um dos nomes no qual a direita aposta para presidência em 2026 após a inelegibilidade Bolsonaro, estava, inclusive, cumprindo agendas ao lado do presidente Lula (PT), na tarde de quinta-feira, poucas horas após as notícias sobre a deflagração da operação e dos mandatos de busca e apreensão.