Sindifisco estima que defasagem da tabela do IR ainda é de 127,72%

Entidade aponta que caso fosse feita a correção integral, a faixa de isenção seria de R$ 4.899,69

A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.824, fará com que 1,1 milhão de pessoas deixem de pagar o tributo. A estimativa é do Sindifisco Nacional, que representa os auditores fiscais da Receita Federal, destacando que houve uma redução de 4,27 pontos percentuais na defasagem acumulada desde 1996 para esta faixa.

O governo Federal estima que a nova tabela do IR isenta, vai beneficiar 15,8 milhões de brasileiros da primeira faixa, e um impacto fiscal de R$ 3,3 bilhões em 2024. O Sindicado aponta que, levando em conta os resíduos acumulados desde 1996, quando terminou o reajuste automático, a defasagem para a faixa isenta do IR passou para 127,72%, contra 132% em dezembro de 2023.

Caso fosse feita a correção integral, a faixa de isenção seria de R$ 4.899,69, segundo os cálculos do Sindifisco, o que significaria a inclusão de 14,6 milhões de contribuintes mas uma renúncia fiscal de R$ 135,8 bilhões. Nesse cenário, a alíquota máxima, de 27,5%, seria aplicada para quem tem renda mensal superior a R$ 12.176,03.