A notícia de um possível vazamento de petróleo em alto mar, há 438 quilômetros da costa brasileira, colocou em alerta autoridades ambientais no final de semana. A situação, relatada pela ONG Instituto Arayara ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), evidencia a necessidade de um controle mais efetivo e seguro das operações envolvendo o transporte marítimo de combustíveis fósseis.
A Pix Force, startup referência em Inteligência Artificial no Brasil com unidade no Instituto Caldeira em Porto Alegre, desenvolveu um sistema que realiza a detecção e o monitoramento de óleo. O sistema de inteligência artificial Pix Blue permite a identificação imediata de vazamentos no ambiente marinho em sua origem, possibilitando a criação rápida e eficaz de planos de contingência e mitigação dos eventuais danos ambientais causados pelo desastre. Além de contribuir para reduzir a quantidade de óleo derramada nos oceanos, a ferramenta permite o recolhimento desta substância em tempo hábil, evitando que sua propagação possa causar maiores danos.
MONITORAMENTO
A plataforma utiliza inteligência artificial e sensores para realizar esse monitoramento, e envia alertas em caso de eventuais desastres. A análise conjunta desses sensores possibilita a identificação de óleo de maneira mais precisa e abrangente, superando as limitações dos sensores isolados, e contribuindo para a preservação do meio ambiente.
“A aplicação de inteligência artificial em dados de múltiplos sensores está revolucionando a forma de se monitorar grandes áreas oceânicas. Caso a plataforma já estivesse em funcionamento durante o grande derramamento de óleo no litoral do Nordeste, os danos ambientais seriam infinitamente menores”, observou o especialista em sensoriamento remoto da Pix Force, Douglas Rodrigues.
Já o CEO da Pix Force, Daniel Moura, destacou que apesar da discussão em torno da transição energética, os combustíveis fósseis ainda desempenham um papel de destaque nessa cadeia, e por isso as operações precisam ser cada vez mais seguras. “A solução da Pix Force é inovadora não apenas no Brasil, mas em nível mundial. Com o uso de inteligência artificial e múltiplos sensores, podemos evitar falsos negativos ou positivos, com maior precisão e velocidade, e em áreas cada vez mais extensas”, enfatizou Moura.
Moura lembrou que atualmente todo o processo de monitoramento é feito de maneira manual. ‘Hoje são seres humanos analisando os dados e a inteligência artificial veio para ajudar a resolver isso, possibilitando o monitoramento de grandes áreas, com maior precisão e agilidade”, finalizou o CEO. Apenas no Brasil, segundo dados oficiais do Ibama, mais de 10 empresas foram multadas por ocorrências envolvendo derramamento de óleo no mar.