O Brasil saiu de um superávit primário de R$ 126,0 bilhões, correspondente a 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2022 para um déficit do setor público consolidado de R$ 249,1 bilhões, 2,29% do PIB, no ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 7, pelo Banco Central do Brasil.
Em dezembro de 2023, a diferença entre as receitas e as despesas do executivo federal foi negativa em R$ 129,6 bilhões, maior que o déficit de R$ 11,8 bilhões contabilizado em dezembro de 2022. O desempenho foi impactado pelo pagamento de precatórios, no valor de R$ 92,4 bilhões.
No último mês do ano passado, o governo central ficou deficitário em R$ 127,6 bilhões e os governos regionais (estados e municípios) também ficaram no negativo, em R$ 2,9 bilhões. Já as empresas estatais tiveram superávit de R$ 942 milhões.
O déficit primário do setor público consolidado em 2023, de 2,29% do PIB, foi o primeiro resultado negativo desde 2020, quando o primeiro ano da pandemia registrou déficit de 9,24% do PIB. Em 2023, a Dívida Líquida do setor Público atingiu 60,8% do PIB, ou R$ 6,6 trilhões, com elevação anual de 4,7 ponto percentual do PIB.
