Quatro em cada cinco bares e restaurantes gaúchos abrirão as portas durante o Carnaval, representando 79% dos estabelecimentos no estado, dos quais 64% esperam faturar mais do que em 2023. Esta é a expectativa do setor para os dias de folia contidas em pesquisa nacional da Abrasel e devem contribuir para o lucro no setor. O levantamento ouviu 1.878 empreendedores, sendo que 81% devem abrir durante os dias da festa e dentre esses, 75% esperam faturar mais que em 2023.
Os dados apontam que apenas 28% devem faturar o mesmo e apenas 8% avaliam faturar menos do que no Carnaval passado. A pesquisa ainda trouxe informações sobre o grau de importância que o Carnaval terá para os estabelecimentos no estado: 46% dos estabelecimentos que vão abrir durante os dias de folia dizem que a data é extremamente importante/muito importante no faturamento. Para 15% é mais ou menos importante, para 22% é pouco importante e 17% dizem que o impacto da data não é importante.
No Rio Grande do Sul, o Carnaval é marcado pela migração para o litoral, onde o movimento deve ter aumento significativo. Na capital costuma ter período de recessos por conta do movimento mais baixo. No entanto, as altas temperaturas podem colaborar para trazer mais público aos estabelecimentos na data. Para o presidente da Abrasel no Rio Grande do Sul, João Melo, o litoral deve se manter como o foco do público:
“O verão é um atrativo para as pessoas saírem no Carnaval, quem não consegue ir para a praia, tenta aproveitar na cidade. Muita gente que mora no interior vem para Porto Alegre para turismo e na serra gaúcha que tem diversos atrativos, o que deve trazer um movimento para o setor. O forte mesmo será no litoral onde o carnaval costuma atrair mais público”, contextualiza.
DEZEMBRO
A pesquisa ainda traz informações sobre o faturamento do setor em dezembro de 2023. Dentre os estabelecimentos no Rio Grande do Sul, 16% tiveram prejuízo em dezembro, 10% a menos que em novembro. Esse é o menor índice de empresas no prejuízo desde julho de 2022. A parcela que obteve lucro atingiu metade do setor, representando um aumento de 6% em relação a pesquisa anterior e 33% ficaram em equilíbrio.
Quanto ao endividamento das empresas no estado, 37% dos estabelecimentos têm dívidas em atraso. Dessas, 70% devem impostos federais, 39% empréstimos bancários, 37% impostos estaduais, 26% devem a fornecedores de insumos, 21% encargos trabalhistas e previdenciários, 19% serviços públicos (água, gás, energia elétrica), 19% estão com o aluguel atrasado e 16% devem taxas municipais.