O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE) subiu 0,4 ponto em janeiro, para 95,1 pontos, o maior nível desde outubro de 2022. Em médias móveis trimestrais, houve avanço de 0,5 ponto no mês. Conforme técnicos, apesar de registrar o nível mais alto em 15 meses, o ICE permanece abaixo do nível neutro de 100 pontos, sinalizando um ritmo morno de atividade econômica ao início de 2024. Uma boa notícia é o avanço do Índice de Expectativas, que superou o Índice da Situação
“Atual pela primeira vez desde outubro de 2022. A melhora das expectativas em relação ao ambiente de negócios do primeiro semestre foi impulsionada pelo aumento do otimismo na Indústria e no Comércio, o que também contribuiu para reduzir a dispersão entre os índices de confiança dos quatro grandes setores”, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
Em janeiro, o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) subiu 1,6 ponto, para 95,5 pontos. Dentre os componentes do IE, destacam-se as altas de 2,4 pontos do indicador de Demanda prevista, para 95,2 pontos, e de 0,8 ponto do indicador de Tendência dos negócios nos seis meses seguintes, que alcançou 96,0 pontos. O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 0,8 ponto no mês, para 94,8 pontos. A queda foi impulsionada principalmente pelo componente que mede a percepção sobre o nível de demanda atual, que recuou 1,2 ponto. Houve também um recuo de 0,4 ponto do indicador de Situação atual dos negócios. Os dois componentes atingiram 94,2 e 95,4 pontos, respectivamente.
INDICADOR EM ALTA
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
A confiança da Indústria subiu 1,8 ponto em janeiro, chegando a 97,4 pontos, o maior nível desde setembro de 2022. A confiança do Comércio e Serviços também avançou, com altas entre 1 e 2 pontos, alcançando 90,5 e 95,7 pontos, respectivamente. Na contramão das demais sondagens, o índice de confiança da Construção manteve-se relativamente estável ao variar 0,2 ponto, para 95,8 pontos, mas ainda é o segundo mais alto entre os quatro grandes setores.
Em janeiro, a confiança empresarial subiu em 61% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação idêntica à observada no mês anterior. Houve um notável aumento da difusão de alta no setor de Serviços e uma queda no Comércio.