Mesmo depois da redução da taxa Selic, para 11,25% ao ano anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o Brasil continua com o segundo maior juro real do mundo. A decisão do Banco Central (BC) de reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual, fixando-a em 11,25% ao ano, não foi suficiente para tirar o país da segunda posição no ranking de juros cobrados. Segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais brasileiros agora estão em 5,95%, mantendo-se como os segundos mais altos do mundo, atrás apenas do México, que lidera a lista com uma taxa real de 6,49%.
A Argentina, apesar de ter as taxas nominais mais elevadas, com 100% ao ano, encontra-se na última posição devido a uma inflação altíssima, que impacta negativamente nas taxas reais. O quinto corte consecutivo de juros anunciado pelo Copom evidencia a estratégia de ajuste da política monetária brasileira. No entanto, ao considerar apenas os juros nominais, sem descontar a inflação, o Brasil ocupa a 5ª posição na lista global, com uma taxa de 11,25%. Os países com as taxas nominais mais elevadas são Argentina, Turquia, Rússia e Colômbia, respectivamente.
A dinâmica econômica global, marcada por diferentes níveis de taxas de juros, destaca a complexidade enfrentada pelos países para equilibrar o crescimento econômico e a inflação em meio a um cenário econômico desafiador.