ICF-RS tem alta de 0,7% em janeiro, aponta Fecomércio-RS

Após um ano de queda da confiança, as intenções de consumo iniciam o ano esboçando reação

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Foto: Tânia Rêgo / Arquivo / Agência Brasil

A Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS), da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), apresentou variação positiva de 0,7% no mês de janeiro. Esse foi o segundo aumento consecutivo nesta base de comparação (dezembro de 2023 havia variado +0,5%). O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 31, pela Fecomércio-RS. Assim, o nível do índice atingiu os 62,8 pontos. Em comparação com o mesmo período de 2023, no entanto, a Intenção de Consumo se mantém muito deprimida, ficando 22,6% aquém do patamar de janeiro de 2023.

Dos sete subindicadores que compõem o índice, 4 registraram aumento nesta edição. Destaque para o indicador de Emprego Atual (90,5 pontos), que variou 1,4% na margem, e para o componente que avalia a Renda Atual (80,5 pontos), que avançou 2,4% ante dezembro de 2023. Ainda nas altas, Momento para Duráveis – que segue em patamar muito deprimido (27,9 pontos) – teve variação de 0,5% na margem e a Perspectiva de Consumo variou 2,7%, chegando aos 71,3 pontos com a terceira alta consecutiva na margem.

O subindicador de Nível de Consumo Atual (52,4 pontos), por sua vez, ficou praticamente estável, ao variar -0,2% na margem, com forte desaceleração em relação ao resultado de dezembro de 2023 (-5,9%). Pelo lado das baixas, Acesso a Crédito teve nova contração na margem (-1,7%), enquanto Perspectiva Profissional (29,7 pontos), depois de ter registrado alta em dezembro de 2023, voltou a cair em janeiro de 2024 (-2,3%), reforçando a avaliação predominante de não ser esperada melhora quanto ao emprego – resultado que demanda cautela na interpretação, já que também pode refletir cenário de maior estabilidade no mercado de trabalho.

Os dados, na comparação com o período de janeiro de 2023, apresentam piora em todos os indicadores, reforçando um quadro que, apesar de reação na margem, deixa evidente um patamar bastante baixo de confiança. “Ao longo do ano passado, o ICF mostrou que as famílias reforçaram sua cautela. No começo de 2024, apesar de um esboço de reação, o ponto de partida segue sendo um consumidor cauteloso nas duas decisões sobre consumo – exigindo esforço para entender o cliente, suas condições de pagamento, e reforçar as estratégias e a gestão em atendimento e vendas”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.