A Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC-RS), da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), atingiu a marca dos 105,0 pontos em janeiro e recuou pelo terceiro mês consecutivo na margem. A queda de 3,4% foi mais intensa que a de dezembro de 2023, indicando um início de ano com revisão para baixo da confiança dos Empresários do Comércio. Na comparação com o mesmo período de 2023 o ICEC-RS teve queda de 7,1%.
O resultado identificou movimentos distintos entre seus três componentes, conforme a Fecomércio-RS. O Índice de Condição Atual do Empresário do Comércio-RS (ICAEC-RS), depois de duas quedas consecutivas na margem, teve variação de 0,9% (ante dezembro assado), registrando 84,3 pontos – em patamar pessimista, abaixo dos 100,0 pontos. Na comparação interanual, houve recuo de 17,9%. Os outros dois componentes, por sua vez, tiveram recuo, com maior influência das Expectativas.
O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio-RS (IEEC-RS), apresentou forte recuo ante dezembro, registrando queda de 7,9%. O resultado representa uma intensificação das quedas nos dois meses anteriores, indicando uma reavaliação importante que pode estar associada ao risco percebido dos impactos sobre a dinâmica da atividade local das alterações propostas pelo executivo em matéria tributária. Com o resultado, o IEEC-RS caiu para 125,4 pontos, ficando 0,6% abaixo do patamar de janeiro do ano passado.
Já no Índice de Investimento do Empresário do Comércio-RS (IIEC-RS), a queda marginal de 1,2%, que levou o componente para os 105,4 pontos, foi influenciada pelo subindicador de Contratação de Funcionários, cujo recuo de 5,2% na margem vem em linha com o movimento de ajuste nas equipes após reforço para as vendas de final de ano. Em relação ao patamar de jan/23, o recuo no IEEC-RS foi de 4,6%.
“Se o resultado de 2023 mostrou uma confiança bastante influenciada por uma avaliação negativa das condições atuais, o começo de 2024 traz na reavaliação das expectativas o tom dos desafios de 2024. Por mais que as condições macroeconômicas se apresentem melhores – inflação controlada, mercado de trabalho sustentado, continuidade da queda taxa de juros – se somam incertezas que tem limitado a confiança do setor”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.