Semana tem reunião do Copom e dados do Caged

Projeção é de que o Copom corte a Selic em 0,5 ponto percentual, indo a 11,25% ao ano

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A Super Quarta estará de volta nesta semana, a primeira de 2024, com decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Junto com isto, teremos a continuidade da divulgação de balanços do quarto trimestre de companhias americanas, com destaque para as big techs, e a temporada brasileira. No Brasil, a plataforma investing.com indica que a projeção de mercado é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) corte a Selic em 0,5 ponto percentual, indo a 11,25% ao ano.

Esse será, caso sejam mantidas as expectativas, o primeiro dos dois cortes de 50 pontos-base para esse início de ano, de acordo com sinalizações da autoridade monetária. Na última reunião, também em dezembro, o Copom diminuiu os juros em meio ponto, a 11,75%, e novas quedas foram antecipadas na ata do Copom da última decisão, que reforçou a previsão de reduções da mesma magnitude nas próximas reuniões.

Ainda por aqui, excepcionalmente nesta semana, o Banco Central adiou para terça-feira, 30, a divulgação do Relatório Focus. Já a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará a sondagem da indústria de janeiro e a balança comercial com dados semanais será apresentada, na segunda-feira, 29. Na terça-feira, 30, a FGV traz a sondagem de serviços de janeiro e o índice geral de preços (IGP-M) de janeiro, com estimativa de aumento de 0,15% na comparação mensal.

Já o Ministério do Trabalho apresenta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referente a dezembro na quarta-feira, 30, com expectativa de terem sido criados 370 mil empregos. Na quinta-feira, 31, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Contínua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD) com a taxa de desemprego no Brasil, atualmente em 7,5%, com tendência de manutenção.

A semana seguirá, com apresentação do índice PMI da indústria de transformação de janeiro pela S&P Global na quinta-feira, 1 de fevereiro, e fecha com os dados do índice de preços ao consumidor pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e a pesquisa industrial mensal pelo IBGE.

TEMPORADA NOS EUA

A expectativa consensual é de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) deve decidir pela manutenção da taxa básica de juros dos Estados Unidos no patamar atual, na faixa entre 5,25% e 5,5%. Na reunião de dezembro, o Fed não alterou os juros. Mais importante que a decisão em si é a coletiva realizada por Jerome Powell logo após o anúncio, pois poderá indicar quais serão os rumos do Federal Reserve. As apostas, hoje, estão na redução da taxa na reunião de 1º de maio.

A semana inicia, entretanto, com a divulgação das ofertas de emprego JOLTs de dezembro, após dado de 8,790 milhões de novembro. Na quarta, os EUA repercutem a variação de empregos privados Automatic Data Processing (ADP) de janeiro. Em dezembro, o indicador foi positivo em 164 mil. O dado mais importante do mercado de trabalho será o relatório de empregos payroll de janeiro, divulgado na sexta. O número de vagas não agrícolas criadas em dezembro foi de 216 mil.

IMPOSTO DE RENDA

No campo político, as atenções seguem com a medida provisória que limita isenções fiscais sobre a folha de pagamento e a próxima reforma do imposto de renda. As alterações poderão abranger a tributação de dividendos, além de apresentar alterações nas faixas mais baixas do tributo. Há, ainda, expectativas sobre a divulgação de mais detalhes do programa “Nova Indústria Brasil”.