O Ibovespa, o principal indicador do mercado acionário brasileiro, tem a tendência de terminar o mês de janeiro com queda em torno de 4%. Se confirmado, será o pior desempenho para o mês desde 2016, quando perdeu 6,79%. Naquela época, o mercado de ações refletiu cautela diante da pressão política pela queda da Selic, além de incertezas sobre o mercado chinês. Agora, a deterioração decorre, principalmente, das dúvidas sobre o início do ciclo de redução dos juros nos Estados Unidos.
Mas este cenário se repete em outras bolsas de valores do mundo. As bolsas de México e Chile acumulam baixas de cerca de 3,5% cada uma. Já no caso de Nova Iorque, os dados são positivos como consequência da queda na inflação americana, que deve garantir um corte de juros ao longo do ano.
Na reunião desta semana, a expectativa consensual é de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) deve decidir pela manutenção da taxa básica de juros dos Estados Unidos no patamar atual, na faixa entre 5,25% e 5,5%. Na reunião de dezembro, o Fed não alterou os juros. Entretanto, para os analistas, mais importante que a decisão em si é a coletiva realizada por Jerome Powell logo após o anúncio, pois poderá indicar quais serão os rumos do Federal Reserve. As apostas, hoje, estão na redução da taxa na reunião de 1º de maio.
Em contraponto, o capital externo estava positivo até 16 de janeiro, mas com os números disponíveis até 22 de janeiro, o investidor retirou R$ 4,9 bilhões no acumulado do mês, resultado de compras de R$ 186,4 bilhões e vendas de R$ 191,3 bilhões.