O presidente Luís Inácio Lula da Silva ofereceu ajuda ao Equador para o enfrentamento do narcotráfico e ao crime organizado no país. Durante conversa telefônica com o presidente equatoriano, Daniel Noboa, nesta terça-feira (23), Lula colocou à disposição a segurança e inteligência brasileiras.
Durante a conversa, Lula ressaltou que a luta contra o crime organizado é também um desafio do Brasil, nos vários níveis de governo, agravado pela porosidade e extensão das fronteiras terrestres e marítimas do país.
Em nota, o Palácio do Planalto informou que “os dois presidentes concordaram que os países sul-americanos devem estar unidos no combate ao crime organizado, que atinge a todos, e que o fortalecimento da integração regional é condição fundamental para a superação do problema. Eles ressaltaram, também, a necessidade de coordenação com países consumidores de drogas para o combate efetivo ao narcotráfico”.
Atualmente o Brasil ocupa a Secretaria Geral da Ameripol, organização regional que reúne trinta países e se dedica à cooperação e ao intercâmbio de informações policiais. A secretaria executiva da Ameripol é atualmente ocupada pelo diretor-geral da Polícia Federal.
O Equador passa por uma onda de violência desde o início deste ano, quando o chefe da maior facção criminosa local fugiu da cadeia. Líder do grupo Los Choneros, José Adolfo Macias desapareceu da prisão onde estava detido. Apelidado de Fito, ele foi condenado em 2011 a 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio.
Em meio à crise, uma emissora de televisão local foi invadida por homens armados, que fizeram os funcionários reféns. Além disso, o dono de uma churrascaria no país, o brasileiro Thiago Allan Freitas, foi sequestrado e liberto após o pagamento de US$ 3.000. O comércio na capital Quito e em Guayaquil fechou as portas e as aulas nas escolas foram suspensas em todo o país.