Indústria química aprova programa Nova Indústria Brasil, diz Abiquim

Exportaçõesvde produtos químicos tiveram um recuo de 15,6% na comparação com o ano anterior

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A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) considera a nova política industrial, lançada pelo governo nesta semana, e batizada de “Nova Indústria Brasil”, super bem-vinda e ancorada nos pontos centrais a serem enfrentados, sobretudo alinhada à neoindustrialização. Segundo André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, o plano construído no ano anterior pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) mostra a essencialidade do amplo diálogo entre o setor produtivo, sociedade e Governo Federal, dado o resultado deste trabalho.

“Precisamos melhorar a competitividade da indústria frente aos exportadores estrangeiros reduzindo o custo dos insumos. O Regime Especial da Indústria Química (REIQ), que reduz PIS, COFINS e IPI, já está lançado. Neste ano será investido R$ 1 bilhão para melhorar a competitividade dessa longa cadeia da indústria petroquímica, da indústria de base”, afirmou o vice presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

RECONHECIMENTO

Para Passos, a retomada do REIQ foi um reconhecimento do Governo sobre a importância do setor dentro desta nova empreitada. Assim como foi com o Reiq, a oferta de gás natural já vislumbra um horizonte positivo. Dentro desse novo cenário promissor, onde agora trabalham em conjunto, governo e indústria, a tarefa é de efetivar ainda mais o potencial que o Brasil tem de contribuir para criar uma indústria que produza sem gerar efeitos que alterem as condições climáticas.

A indústria química brasileira é 6ª maior indústria do mundo, com um faturamento líquido de USD 167,4 bilhões, registrado em 2023. Ela gera 2 milhões de empregos diretos e indiretos – com a segunda maior massa salarial da indústria, totalizando R$ 33 bilhões em salários -; se destaca pela mão de obra qualificada e tecnologia de ponta; e representa 11% do PIB Industrial.

Apesar de ser o 3º maior setor industrial do PIB brasileiro, é o 1ª em arrecadação de tributos federais (13,1% do total da indústria) – R$ 30 bilhões. Também a mais sustentável do mundo, a química nacional emite de 5% a 51% menos CO2 para cada tonelada de químicos produzida em comparação a concorrentes internacionais, além de possuir uma matriz elétrica composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa média é de 28,6%.