Unidade da Fase em Caxias do Sul insere 64% dos internos no mercado de trabalho

Sete dos 11 jovens que cumprem medida em estabelecimento de semiliberdade estão empregados

Foto: Ascom SSPS

O primeiro emprego tem sido a prioridade do Centro de Atendimento em Semiliberdade (Cas) de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. A unidade, ligada à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), tem foco na ressocialização de adolescentes infratores que podem cumprir parte das medidas socioeducativas fora da internação.

Atualmente, sete dos 11 jovens que cumprem medida na unidade de semiliberdade estão empregados. Isso significa que 64% da população do estabelecimento está inserida no mercado formal de trabalho.

Os números são reflexos das ações desenvolvidas com os jovens durante o período em que estão apreendidos. Entre essas, se destaca o projeto ‘Ações de Empregabilidade na Semiliberdade’. Em 2023, a iniciativa possibilitou aos internos a participação em oficinas e cursos de qualificação profissional.

“Esperamos que os jovens aproveitem da melhor maneira possível a oportunidade do primeiro emprego. As atividades externas dos adolescentes contam com o monitoramento da equipe da unidade, e o trabalho busca propiciar a reintegração social deles, para a construção de sua cidadania”, destacou a diretora do Cas de Caxias do Sul, Alexandra Bittencourt.

Estudante do primeiro ano do ensino médio, um adolescente que está trabalhando em uma empresa metalúrgica pretende seguir no mesmo ramo de atuação, além de futuramente fazer o curso de Operação de Torno por Comando Numérico Computadorizado (CNC). “A melhor coisa é ter o nosso salário e procurar aprender mais. Aqui temos muitas oportunidades e muitos cursos para o nosso futuro”, disse.

A medida socioeducativa de semiliberdade possui características distintas da medida de internação, uma vez que o principal aspecto trabalhado é a potencialização das atividades fora da unidade. O principal é proporcionar ao jovem o desenvolvimento da autonomia responsável e da reflexão crítica de ações e circunstâncias cotidianas, tanto no que se refere ao ato infracional, quanto às situações vivenciadas nos espaços de inserção na sociedade (escola, trabalho, família e comunidade).