A semana que antecede a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central será marcada pela divulgação da prévia da inflação brasileira medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo de meio mês, o (IPCA-15). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta os dados de janeiro na sexta-feira, 26. Em dezembro, o IPCA-15 subiu 0,40%.
Analistas projetam um indicador com alta variando entre 0,40% e 0,46% com aumento nos preços dos alimentos em casa e preços industriais. A taxa anual provavelmente cairá para 4,6%, ante 4,7% em dezembro. Entretanto, conforme avaliação da plataforma investing.com, o mercado financeiro vai acompanhar com atenção o resultado da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central, marcada para quinta-feira, 25. Antes disso, a agenda do Banco Central começa com a publicação do relatório Focus nesta segunda-feira, 22, com as expectativas de mais de 100 analistas econômicos brasileiros.
Antes disso, a semana começa com o Monitor do PIB apresentado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na terça-feira, a FGV trará o índice de preços ao consumidor (IPC) da semana e, no dia seguinte, o Banco Central divulga os dados semanais de Fluxo Cambial e a Confederação Nacional das Indústria (CNI) apresenta a Sondagem Industrial de dezembro.
Na quarta-feira, haverá a reunião da Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que serve como uma preparatória para o CMN. Na quinta-feira, será apresentada a pesquisa de Sondagem do Consumidor, pela FGV, e a nota à imprensa sobre o setor externo, com dados de dezembro, pelo Banco Central. Fechando a semana, a FGV divulgará o INCC-M de janeiro e os dados de sondagem de construção de janeiro. O setor será foco também dos números apresentados pela CNI de dezembro. O Banco Central trará nota sobre política monetária e operações de crédito.
No campo político, com o Congresso ainda em recesso, o foco se volta para a MP 1202, que restabelece o pagamento de contribuições previdenciárias. A decisão final sobre o tema, no entanto, deverá acontecer apenas após o fim do recesso legislativo, em 1º de fevereiro. O governo negocia uma aprovação ao menos parcial mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se posicionou de forma contrária na sexta-feira e garantiu que a proposta será rejeitada.
ÁREA EXTERNA
A política monetária japonesa e nos países que fazem parte da Zona do Euro entram em destaque. A decisão do Japão será conhecida na segunda, com possibilidade de taxas negativas atuais em 0,10%. Os investidores também ficarão atentos à sinalização ou mudanças na política de controle da curva de juros pela autoridade monetária japonesa.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciará sua decisão na quinta, quando poderá trazer mais indicativos sobre quando pode começar o ciclo de cortes nos juros, atualmente em 4,5%. Nos Estados Unidos, também na quinta, destaque para a divulgação da primeria prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e da medida de preços do PCE do período. No terceiro trimestre, a economia dos EUA subiu 4,9% na taxa anualizada.
Na sexta-feira, os investidores americanos estarão atentos ao Índice de Preços PCE de dezembro, a medida preferida de inflação do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Em novembro, o indicador mensal recuou 0,1%, enquanto o núcleo subiu na mesma magnitude.
Os dados da economia americana poderão sinalizar quando começa o corte de juros nos EUA. Após encerrar o ano com o mercado amplamente esperando o primeiro corte em março, as expectativas agora estão divididas entre março e maio para o anúncio do primeiro corte de 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa de juros da economia dos EUA está no intervalo entre 5,25% e 5,5%.