Ao encerrar o ano de 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somou 4,63% na Região Metropolitana de Porto Alegre, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E teve uma sensível contribuição do indicador registrado em dezembro, com alta de 0,43% e superando em 0,09 ponto percentual a taxa de novembro (0,34%). Em dezembro de 2022, a variação havia sido de 0,56%.
Os preços de todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação (0,63%) veio do grupo Saúde e cuidados pessoais e o maior impacto (0,12 ponto percentual) veio do grupo Alimentação e bebidas (0,58%). Na sequência, do impacto veio Habitação (0,58%) e a Saúde e cuidados pessoais (0,63%), que contribuíram com 0,08 ponto percentual para o índice geral. Os demais grupos ficaram com variação mensal entre o 0,14% de Despesas pessoais e 0,45% Artigos de residência.
O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,63%) tiveram alta nos Serviços de saúde (0,54%), nos Cuidados pessoais (0,85%) e nos Produtos farmacêuticos e óticos (0,53%), com variação positiva, em especial, nos Planos de saúde (0,74%) e nos produtos de Higiene pessoal (0,85%), além da alta nos Óculos de grau (2,79%). As variações negativas também vieram do grupo de Higiene pessoal, em especial para Produto para cabelo (-2,18%) e do Hipotensor e hipocolesterolêmico (1-82%).
O grupo Alimentação e bebidas (0,58%) seguiu em alta em dezembro, embora um pouco menos do que os 0,75% em novembro. A alimentação no domicílio ficou em 0,65% no mês de referência, influenciada principalmente pelas altas do feijão preto (9,79%), do arroz (6,16%), da batata-inglesa (10,07%), do repolho (15,47%) e da laranja-baía (22,15%). As maiores baixas vieram das frutas como a manga (-12,05%) e da banana d’água (-10,17%) e dos ovos de galinha (-6,30%). A alimentação fora do domicílio (0,39%) acelerou em relação ao mês anterior (0,12%), principalmente pela alta na refeição (0,50%) após a baixa em novembro (-0,08%).
No grupo Habitação (0,58%), a elevação ocorreu por conta dos preços das Taxas de água e esgoto (2,46%) e do aluguel residencial (0,21%). A contribuição negativa veio novamente do gás de botijão -1,77% em dezembro e de -2,45% em novembro último.