Com a variação de 0,5% na produção industrial nacional na passagem de outubro para novembro, nove dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional neste indicador registraram taxas positivas. O maior avanço individual veio do Paraná (5,4%), enquanto São Paulo (1,9%) registrou a maior influência no resultado mensal e ficou acima de seu patamar pré-pandemia. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o Rio Grande do Sul apresentou uma variação negativa de 2,9% na comparação com outubro de 2023, desempenho ainda mais baixo (-4,4%) na comparação com novembro de 2022. No acumulado do ano passado, até novembro, a queda no desempenho industrial do parque gaúcho é de 4,4%, com um acumulado de – 4,1% considerando os últimos 12 meses até novembro.
“No mês é possível fazer uma relação com o avanço de 0,5% em relação à queda da taxa de juros, um efeito de uma política monetária mais expansionista. A queda da taxa de juros causa impacto direto na renda disponível das famílias, de maneira que o crédito está menos encarecido. Não podemos esquecer que os juros ainda estão em patamares elevados, mas conseguimos ver uma melhora na renda disponível das famílias, o que aumenta o consumo e impacta diretamente na cadeia produtiva industrial”, destaca o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
O pesquisador destaca ainda que outro ponto importante é a melhora na massa salarial da população, o que também impacta da renda das famílias e influência no consumo das famílias. “Quando falo de uma melhora da massa salarial, estou falando de uma melhora na taxa de desemprego, impactando diretamente a cadeia industrial produtiva. Além disso, o crédito menos encarecido ajuda a diminuir as incertezas frente ao cenário macroeconômico, impactando nas decisões por parte dos produtores. Isso influencia na tomada de decisões, que se tornam mais otimistas, mais uma vez melhorando o ritmo da produção”.