Uma obra aguardada há mais de uma década irá começar ainda neste mês em um dos principais prédios públicos do Estado, no Centro Histórico de Porto Alegre. A Secretaria de Obras Públicas (SOP) deu ordem de início para a restauração das fachadas e do pórtico existente entre os dois prédios da Secretaria da Fazenda (Sefaz), na quadra entre a rua Siqueira Campos e a avenida Mauá. As primeiras estruturas para montar os andaimes chegaram, e mobilização das equipes já começou.
Com a definição de cronograma, a Sefaz dá início a um trabalho de preservação e valorização de seu prédio-sede, obra arquitetônica neoclássica de Theóphilo Borges de Barros, considerada patrimônio do Estado desde 1987. O projeto de restauração, que será conduzido por uma empresa especializada na conservação de bens histórico-culturais, prevê o resgate da concepção original do Casarão, cenário de grande parte da história do Rio Grande do Sul.
Com investimentos de R$ 8,3 milhões do governo do Estado, os trabalhos estão a cargo da Estúdio Sarasá Conservação e Restauro S/S LTDA, de São Paulo. O prazo de execução dos serviços é de 720 dias, e a fiscalização dos trabalhos será feita pela 1ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), de Porto Alegre. A secretária de Obras Públicas, Izabel Matte, ressalta a importância do restauro da sede da Fazenda estadual. “Nosso esforço tem sido para agilizar e entregar obras que estão sendo aguardadas por tantos anos. É o caso da Sefaz que, além da relevância histórica e arquitetônica, terá estruturas melhores para atender aos cidadãos”, afirma.
“Entre todos os investimentos que o Estado tem conduzido, alguns são muito simbólicos por sua relevância artística e arquitetônica, como é o prédio da Sefaz, que conta muito da evolução do próprio Centro Histórico da capital”, avalia a secretária da Fazenda, Pricilla Santana.
Segundo a diretora de administração da Sefaz, Adriana Oliveira da Silva, no período de dois anos, serão recuperados e pintados os revestimentos, os ornamentos e as esquadrias dos quatro lados da construção, bem como dos pátios internos e poços de luz. Por meio de uma decapagem criteriosa, pontual e sequencial das camadas de tintas existentes sobre as paredes da fachada, observou-se que a construção possuía, em seus primórdios, cores em tons de ocre e bege claro. Os tons cromáticos serão mantidos, como forma de destacar a volumetria dos elementos e respeitar os padrões estéticos da época.