Profissionais da enfermagem que atuam no Hospital São Camilo em Esteio, atualmente contratados e cujos serviços hoje são gerenciados por uma terceirizada, reclamam que estão com os repasses do piso da enfermagem, retroativo aos meses de outubro, novembro e dezembro, em atraso. Segundo o técnico de enfermagem, Matheus Correa, existe uma discrepância no pagamento dos trabalhadores, bem como falta de critérios.
“Tem funcionários que não receberam os retroativos de maio a setembro. Outros, receberam uma, duas ou todas as parcelas de maio a setembro, mas todos os profissionais da enfermagem, sem exceção, estão com os repasses de outubro, novembro e dezembro, em atraso. Já questionamos a Prefeitura, a direção do hospital e a empresa terceirizada e não temos respostas convincente de quando teremos nosso dinheiro depositado.”
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Vale dos Sinos (Sindisaúde VS), Andrei Rex, diz que se coloca à disposição dos trabalhadores verificar o que está acontecendo, orientá-los e tomar as medidas cabíveis, mas para isso, segundo Rex, o Sindicato tem que ter acesso aos contracheques para que seja feita uma perícia contábil.
A direção do Hospital São Camilo informou que piso da enfermagem é repassado quando o Ministério da Saúde (MS) repassa o valor e a Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio (Hospital São Camilo) cumpre um processo administrativo, sem uma data específica para o pagamento. O valor em questão foi repassado pelo MS no final do ano de 2023 e a direção está fazendo todos os trâmites administrativos necessários.
Depois que o recurso entra no fundo municipal, faz um aditivo de contrato, uma suplementação de orçamento e após, repassa para a empresa, visto que é um serviço terceirizado pela instituição. Portanto, não há atraso, mas cumprimento de processos. A previsão de pagamento é entre o final dessa semana e início da próxima.
Com relação as diferenças de valores, ou ao não pagamento dessa diferença, a definição é feita pelo Ministério da Saúde e não pela instituição. O prestador do serviço, no caso o IB Saúde, repassa todos dados de valores de vencimentos dos seus servidores – profissionais da enfermagem – e, a partir disso, o MS define o valor a pagar. A Instituição de Saúde, neste caso o Hospital São Camilo, tem a única responsabilidade de repassar o recurso ao prestador de serviço, que efetuará o pagamento aos seus servidores.
Foi feito contato com a direção do IB Saúde, mas não houve sucesso.