Semana para conhecer a inflação acumulada de 2023

IPCA de dezembro será divulgado na quinta pelo IBGE

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A segunda semana de janeiro no mercado brasileiro e no exterior trará indicadores importantes para a economia. O período vai suceder o superávit recorde da balança comercial, contrastando com o déficit primário pior que o esperado, mas com uma produção industrial mais forte que as expectativas dos analistas. Estão previstos os dados de inflação ao consumidor, com a divulgação do índice de preços no Brasil, Estados Unidos e China. Os investidores estarão atentos aos indicadores, em busca de mais pistas sobre os próximos passos da política monetária nestas regiões, enquanto a China será um termômetro para o nível da atividade econômica do país.

No Brasil, a semana abre com a divulgação do Relatório Focus, do Banco Central, com as perspectivas do mercado financeiro para a economia nacional. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, conforme analistas da plataforma investing.com, e o acumulado do ano de 2023, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira, 11. Em novembro, o IPCA registrou acréscimo de 0,28%, com variação anual de 4,68%.

A sinalização de analistas é de uma alta variando entre 0,44% e 0,53% em relação a novembro, contabilizando 4,5% a 4,6% no acumulado do ano. Se confirmado, ficará abaixo do limite máximo da meta projetada pelo Conselho Monetário Nacional de 4,75%. A semana ainda inclui o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira, 8, junto com a produção total de veículos divulgado pela Anfavea. A terça-feira, 9, reserva a divulgação da primeira prévia de janeiro do IGP-M

EXTERIOR

Os Estados Unidos apresentam as informações do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) bem no começo da semana. Ainda que não seja o indicador de preferência do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, o IPC fornece um indicativo do andamento do atual ciclo de desinflação no país. Em novembro, o IPC subiu 0,1%, com alta anual de 3,1%.

O núcleo, monitorado de perto, registrou alta de 0,3%, levando a um indicador em doze meses de 4%. A expectativa é de uma alta de 0,2% no índice cheio e de 0,3% no núcleo. Ainda na quinta, pela noite, o mercado conhece o IPC da China no mês passado. Os preços ao consumidor no gigante asiático registraram uma deflação de 0,5% tanto na variação mensal quanto na anual, sinal de uma economia com dificuldades em crescer.

Ainda no exterior, a semana começa com a divulgação das vendas no varejo na Zona do Euro, com previsão de queda de 0,10%. Na terça-feira, o bloco apresentará sua taxa de desemprego, estimada em 6,50%. Na quinta-feira, 11, será a vez da China divulgar a sua taxa de inflação com projeção de -0,40% e PPI em queda de 2,60%. A China também trará seus dados de exportações, com projeção de alta anual de 1,60% e estabilidade nas importações.