Novos diretores do BC tomam nesta terça-feira

Copom passará a ter quatro membros nomeados pelo governo do presidente Lula

Foto: Enildo Amaral / Banco Central / R7

Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira assinam hoje, 2 de janeiro, os termos de posse dos cargos de novos diretores do Banco Central, mas com alterações nas posições da diretoria. A autoridade monetária anunciou a troca em meio à ameaça de greve dos servidores, que cruzarão os braços durante 24 horas no dia 11 de janeiro.

Rodrigo Teixeira, servidor de carreira do BC que já deu aulas na Universidade de São Paulo e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, assumirá a diretoria de Administração da autarquia. Anteriormente, ele ocuparia a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, contudo a atual diretora de Administração, Carolina Barros, é quem passará a ocupar o cargo no lugar do atual diretor, Maurício Moura, cujo mandato acaba no dia 31

Já Picchetti, professor da Fundação Getulio Vargas, ficará à frente da diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos em substituição à atual diretora, Fernanda Guardado, cujo mandato também se encerra no dia 31.

Em nota, o BC elogiou e agradeceu Guardado e Moura pelo trabalho no colegiado. “Em todo momento, atuaram com dedicação integral e sempre buscando o máximo de excelência tanto pessoal como de suas equipes. Deram contribuições fundamentais para manter o alto nível das entregas feitas pelo BC para a sociedade”.

Indicados no fim de outubro, os nomes de Picchetti e Teixeira foram aprovados pelo Senado em dezembro. Com a formalização, o Comitê de Política Monetária (Copom) passará a ter quatro membros nomeados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de um total de nove.

Ao ocupar os novos postos a partir de 2 de janeiro, os economistas farão parte da primeira reunião do Copom de 2024, no fim do próximo mês, quando o BC deve fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, que iria a 11,25% ao ano. Os dois terão mandato até dezembro de 2027, com uma possibilidade de extensão por mais quatro anos.