A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que no mês de janeiro a bandeira tarifária verde fica mantida, sem custo extra para os consumidores na conta de luz. A justificativa são a manutenção das condições favoráveis de geração de energia. A bandeira verde vem sendo adotada há 21 meses após o fim da escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022.
Entretanto, conforme a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil bateu o segundo recorde consecutivo de consumo de energia elétrica em novembro, atingindo 46.407 gigawatts-hora (GWh), alta de 8,5% em comparação com novembro de 2022, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a autarquia, é o maior consumo de toda a série histórica desde 2004.
Quanto ao ambiente de contratação, com 18.482 GWh, o mercado livre respondeu por 39,8% do consumo nacional de energia elétrica em novembro, registrando crescimento de 9% no consumo e de 22% no número de consumidores, na comparação com novembro de 2022. Já o mercado regulado das distribuidoras, com 27.925 GWh, respondeu por 60,2% do consumo nacional de eletricidade em novembro, alta de 8,1% na comparação com 2022, enquanto o número de unidades consumidoras aumentou 2,3% no período.
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz tem bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.