Apesar do fluxo intenso de passageiros rumo ao litoral gaúcho no feriado de Ano Novo, há aqueles que preferiram ficar em Porto Alegre. Aos que decidiram permanecer na Capital, as praias da região Sul são uma alternativa para aproveitar o verão. Além da proximidade, os locais acabam sendo também uma opção mais econômica e segura para os banhistas.
A autônoma Andressa Vicerinne, de 27 anos, planejava passar o Réveillon em Tramandaí, ao lado dos filhos de 5, 9 e 14 anos. A amiga Tainara Goulart, de 26, que trabalha como cuidadora no Hospital São Pedro, e a filha dela, de 6, também passariam a virada do ano no litoral Norte.
A Praia do Lami fica sob a responsabilidade de dois guarda-vidas, os soldados Thiago Pereira da Silva e João Paulo Mancuso, do 1° Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar. A dupla vigia os banhistas percorrendo as areias da praia, já que as chuvas elevaram o nível da água a ponto de submergir parte das guaridas, que correm risco de desabar.
Thiago garante que as águas são seguras no perímetro vigiado. Segundo ele, o maior risco aos visitantes são os entulhos acumulados na areia. “As cheias recentes geraram o acúmulo de entulhos na beira da praia. Isso gera risco para as crianças, que podem cortas os pés em cacos de vidro e pregos”, destacou o militar.
A lavadeira Lisiane Ricardo, de 53 anos, trouxe a família para acampar na Praia do Lami. O plano é celebrar o Ano Novo e passar mais 20 dias na localidade. Segundo ela, trata-se de uma tradição familiar. “Acampo aqui há mais de 40 anos. Quero que meus bisnetos aproveitem esse lugar, assim como minha bisavó. Muitas pessoas saem para se arriscar nas estradas, quando temos esse lugar maravilhoso em Porto Alegre.”
Já na Orla de Ipanema, na zona Sul, o gerente de TI Eduardo Franzen, de 35 anos, o militar da reserva João Geraldo, 51, o autônomo de logística Mauri Ferrari, 42, costumam aproveitar a água, que é imprópria para banho. Os três amigos, moradores do bairro Hípica, se exercitam em caiaques no local.
“Aproveitamos o ano inteiro. No verão andamos de caiaque e no inverno, pescamos. O mais fantástico é a natureza. Há pouco vi um mergulhão sair da água com um peixe no bico”, afirmou Ferrari.