Próximo ao fim do ano, mais uma série de resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que é realizada desde 2012 pelo IBGE, foi divulgada. No país, a taxa de desocupação no trimestre que foi encerrado em novembro deste ano atingiu o patamar de 7,5%, recuando assim -0,3 ponto percentual frente ao trimestre de junho a agosto de 2023 (7,8%). Essa foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 100,5 milhões.
“É a terceira queda consecutiva da taxa de desocupação e, no trimestre encerrado em novembro, essa retração segue o movimento do mesmo período nos anos anteriores, quando, de modo geral, há redução nesse indicador. Nesse trimestre, a queda é explicada pela expansão no número de pessoas ocupadas”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
“A taxa de 7,5% é a menor para um trimestre encerrado em novembro desde 2014 (6,6%), ou seja, retoma a valores de quase dez anos atrás, quando a desocupação era bem mais baixa”, completa a pesquisadora.
O número de pessoas que buscam emprego no país ficou estável no trimestre, chegando ao número de 8,2 milhões. Esse foi o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015. Já a população ocupada atingiu um novo recorde da série histórica, crescendo 0,9% no trimestre, ou seja, mais 853 mil pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho.
A população fora da força de trabalho chega aos 66,5 milhões e assim cresceu 1,9% na comparação anual. O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, inclusive trabalhadores domésticos, foi de 37,7 milhões. Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi de 13,4 milhões.
O número de trabalhadores por conta própria, 25,6 milhões de pessoas no país, também ficou estável frente ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, assim como o número de trabalhadores domésticos, 5,9 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade foi de 39,2% da população ocupada contra 39,1% no trimestre anterior e 38,9% no mesmo trimestre de 2022. O rendimento real habitual cresceu 2,3% no trimestre e 3,8% no ano chegando ao valor de R$ 3.034,00.