Governo e sindicatos fazem acordo e delegados da PF vão ganhar até R$ 41 mil

Em 2024 cinco carreiras terão aumento

Foto: PF / DIVULGAÇÃO / CP

O governo federal entrou em acordo com os sindicatos e as associações que representam a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal para a reestruturação de algumas carreiras das instituições, o que inclui reajustes escalonados de salários entre 2024 e 2026. As tratativas com os agentes penais ainda são discutidas pelo Ministério de Gestão e Inovação. Os reajustes serão feitos ao longo dos próximos três anos.

O termo firmado contempla os cargos de delegado, perito criminal, agente, escrivão e papiloscopista. Delegados e peritos criminais da categoria especial serão os maiores beneficiários, com o subsídio podendo chegar a R$ 41 mil reais no fim da carreira. Já o novo salário inicial da Polícia Rodoviária Federal será de R$ 12.200,00. Conforme Flávio José Isoton, presidente do sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul, o governo possui uma dificuldade orçamentária que pesou na negociação. “A proposta ficou abaixo do que havia sido conversado no meio do ano com as entidades representativas. Nós buscávamos uma reestruturação dos salários da Polícia Federal. A matriz continua a mesma e o governo se comprometeu com 3 anos”, citou.

O reajuste exigiu meses de negociação. Os protestos e operações ‘tartaruga’ se estendiam desde a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os sindicatos ainda pretendem retomar as conversas sobre a reestruturação da carreira, não contemplada no pacto. Ainda conforme o presidente do sindicato, alguns avanços ocorreram, mas algumas categorias de servidores ficaram de fora. “Não ficou da forma como queríamos, mas foi o possível de ser negociado nesse momento em que o país vive uma dificuldade orçamentária. Através do Ministério de Gestão e Inovação, essas categorias de administrativos terão um tratamento especial em algumas propostas que o governo vai oferecer”, explicou.

As negociações foram intermediadas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o ministro da Justiça, Flávio Dino, também participaram das reuniões para resolver o impasse.