O reajuste salarial mediano das negociações anuais fechadas em novembro apresentou um aumento de 5%, índice 0,9 ponto percentual acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período. As informações constam do Boletim Salariômetro elaborado pela Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas que, no entanto, projetam um recuo nos reajustes previstos para o primeiro semestre de 2024, ficando abaixo de 3% em junho do próximo ano.
Conforme os dados, o resultado de novembro repetiu os dados de setembro e outubro. A média do reajuste acumulado de 2023 para 18.006 acordos foi de 5,5%, mesmo percentual do acumulado de 12 meses para 18.262 negociações. No ano, 78,5% dos acordos ficaram acima da variação do INPC, percentual muito próximo dos 78,3% verificados no acumulado de 12 meses. No ano, 15,7% ficaram iguais ao indicador (15,8% no acumulado de 12 meses), enquanto 5,8% ficaram abaixo (5,9% nos 12 meses). Já o piso mediano foi de R$ 1.556 em 2023.
O maior reajuste real mediano (1,17%) acumulado em 2023 envolveu negociações feitas na região Centro-Oeste. Já no que se refere à segmento econômico, a construção civil envolveu um aumento de 1,52% com 1.640 acordos no ano. No Rio Grande do Sul foram 2.635 negociações com um reajuste real médio de 0,67% em 2023. O Salariômetro analisa os resultados de negociações salariais, que são coletados no portal Medidor, do Ministério do Trabalho e Emprego.