A prévia da inflação ficou em 0,40% em dezembro, 0,07 ponto percentual maior que a de novembro, quando variou 0,33%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Transportes, com alta de 0,77% e impacto de 0,16 ponto percentual no índice geral, e puxado pelas passagens aéreas, que subiram 9,02% e exerceram o maior impacto individual no mês (0,09 ponto percentual). Em 2023, esse subitem acumulou alta de 48,11%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulando 4,72% no ano.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o indicador subiu de 0,22% em novembro para 0,29% neste mês. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 0,94% para o período de outubro a dezembro. Já em dezembro de 2022, o IPCA-15 registrou alta de 0,52%, enquanto no acumulado do ano de 2022, a prévia da inflação havia sido de 5,90%.
GRUPOS
Entre os nove grupos pesquisados, sete registraram alta em dezembro. O grupo de Transportes foi responsável pela maior variação (0,77%) e o maior impacto (0,16 ponto percentual). Contribuiu para esse resultado a passagem aérea, que subiu 9,02% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 ponto percentual). Nos combustíveis (-0,27%), houve queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%), enquanto o gás veicular (0,08%) registrou alta.
Em Alimentação e bebidas, que apresentou alta de 0,54% e impacto de 0,12 ponto percentual, a alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro, influenciada, em grande parte, pela alta em itens básicos na alimentação das famílias, como a cebola (10,63%), a batata-inglesa (10,32%), o arroz (5,46%) e as carnes (0,65%). Por outro lado, o tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram de preços. Já a alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação ao mês de novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,50%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,22% e 0,35%, respectivamente).
HABITAÇÃO
Em Habitação, que registrou variação de 0,48% e impacto de 0,07 ponto percentual, a energia elétrica residencial subiu 0,82%, com influência de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência da pesquisa: de 5,91% em Goiânia (2,97%), a partir de 22 de outubro; de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas em São Paulo (1,66%), a partir de 23 de outubro; de 9,65% em Brasília (1,35%), a partir de 22 de outubro; e de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,59%), a partir de 22 de novembro.
Já a alta da taxa de água e esgoto (1,43%) foi influenciada pelos seguintes reajustes tarifários: de 14,43% em Fortaleza (6,28%), a partir de 29 de outubro; de 10,23% no Rio de Janeiro (10,23%), a partir de 8 de novembro e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de novembro; de 15,76% em Belém (9,21%), a partir de 28 de novembro; e de 4,97% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (1,15%), a partir de 1º de dezembro. O gás encanado (0,47%) também apresentou alta por conta do reajuste médio de 0,98% no Rio de Janeiro (0,54%) a partir de 1° de novembro e de 3,30% em São Paulo (0,55%) a partir de 10 de dezembro.
Os outros grupos registraram os seguintes resultados: Despesas pessoais, variação de 0,56% e impacto de 0,06 ponto percentual; Saúde e cuidados pessoas, variação de 0,14% e impacto de 0,02 ponto percentual; Educação, variação de 0,05% e impacto de 0,00 ponto percentual; Vestuário, variação de 0,03% e impacto de 0,00 ponto percentual; Comunicação, variação -0,46% e impacto -0,02 ponto percentual; e Artigos de residência, variação de -0,15% e impacto de -0,01 ponto percentual.