O Indicador de Confiança do Empresário do Comércio – RS (ICEC-RS) atingiu os 108,8 pontos e teve o segundo recuo marginal consecutivo ao variar -2,0%. Em comparação com dezembro de 2022, o índice caiu 12,2%, na 12ª queda consecutiva nessa base de comparação. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 27, pela Fecomércio-RS. Na média em 12 meses, o índice atingiu os 110,2 pontos. Esse resultado é 7,9% menor que o de dezembro de 2022.
O índice de Condição Atual do Empresário do Comércio (ICAEC) atingiu os 83,5 pontos em dezembro de 2023, houve recuo de 1,6% na margem e de 23,5% na comparação interanual. Quando se analisa a média em 12 meses do índice, o indicador encerra o ano em 86,9 pontos, abaixo dos 103,1 pontos de dezembro de 2022. O indicador passou o ano inteiro, à exceção de janeiro de 2023, abaixo dos 100 pontos, o que configura uma percepção pessimista da atualidade. O pior valor registrado (79,8 pontos) foi em julho de 2023, depois houve uma melhora, mas pelo segundo mês consecutivo registra-se queda.
Com relação às expectativas, o índice de Expectativa do Empresário do Comércio-RS (IEEC) atingiu os 136,2 pontos em dezembro de 2023. Na margem, esse valor representou um recuo de 2,3% e na comparação com dezembro de 2022 houve baixa de 5,0%. Na média em 12 meses, o indicador encerrou o ano com 137,3 pontos, também abaixo dos 144,3 pontos de dezembro de 2022.
Já o indicador de Investimento do Empresário do Comércio-RS (IIEC) registrou 106,6 pontos e ficou abaixo dos 108,9 pontos do mês anterior. Na comparação com o mesmo período de 2022, o resultado foi 10,6% inferior. Na média em 12 meses, o indicador encerrou 2023 com 106,3 pontos e se reduziu em comparação a dezembro de 2022 quando registrou 111,4 pontos.
Conforme a entidade, os resultados de dezembro de 2023 revelam um ano em que o ICEC reduziu significativamente estimulado pela dinâmica da percepção das condições atuais. Ainda que o mercado de trabalho se mostrasse bastante resiliente, com aumento da massa real de salários, os resultados das vendas do comércio alternaram aumentos e quedas. No campo das perspectivas, mesmo com a expectativa de controle inflacionário, redução de juros e manutenção dos postos de trabalho, há muita incerteza sobre a dinâmica da atividade.
“Apesar da renda e do trabalho terem se sustentado ao longo de 2023, o varejo, especialmente os segmentos mais ligados ao crédito, sofreram com os impactos da política monetária contracionista. Para 2024, apesar do otimismo, natural do varejista, há ainda muita incerteza”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.